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Programas da Secretaria de Agricultura de SP promovem o desenvolvimento sustentável e incentivam a agricultura familiar

Produtores rurais celebram o Dia Internacional da Agricultura Familiar e compartilham resultados obtidos por meio dos programas do governo paulista

Por Portal Aqui Vale

Dia 25 de julho é o Dia Internacional da Agricultura Familiar, data criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), que celebra essa atividade tão essencial à sociedade. Dados do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar (2023), apontam que se todos os agricultores familiares do Brasil formassem um país, seria o oitavo maior produtor de alimentos no mundo.

Atenta à essa importante classe, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo possui diversos programas de incentivo, como é o caso da Plataforma Digital de Compras Públicas, sistema eletrônico de divulgação dos editais de compras diretas da Agricultura Familiar, com o objetivo de potencializar a compra e venda de alimentos para programas governamentais, como merenda escolar e projetos de cunho social. “Sem os programas não existe incentivo à agricultura familiar. A renda para produzir para terceiros e vender fica inviável, porque nosso custo de produção atual é muito alto”, enfatiza Michel José Ravazzi, produtor rural de Monte Alto, município ligado à área de atuação da CATI Regional Jaboticabal.

Ravazzi tem 33 anos e faz parte da terceira geração de agricultores familiares, que iniciou com o seu bisavó em 1900. Ele começou a produzir em uma pequena área e, hoje, já são quase 10 hectares, onde cada pedacinho da propriedade é aproveitado para a produção de frutas, legumes e verduras. “Crescer vendo a luta dos meus pais e avós foi a motivação para eu continuar esse legado, mantendo a tradição da agricultura familiar e contribuindo para proporcionar alimentação boa e saudável à nossa população”, ressalta Ravazzi.

Segundo o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE-2019), cerca de 76,7% das propriedades paulistas são de agricultores familiares, representando 3,9 milhões de pessoas no país e ocupando uma área equivalente a 80,8 milhões de hectares.

Atualmente, Michel Ravazzi é presidente da Associação da Agricultura Familiar de Monte Alto (AAFMA), que reúne agricultores da região a fim de promover suas produções e gerar benefícios para os seus associados. A associação surgiu a partir dos conhecimentos adquiridos dentro da Casa de Agricultura de Monte Alto, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, que tem a missão de promover o desenvolvimento rural sustentável nas regiões onde atua. “Os produtores tiveram acesso a crédito para compra de maquinários e até mesmo visitas a outras propriedades para troca de conhecimento”, ressalta Ravazzi.

A mais nova aposta do agricultor em sua propriedade é a banana. O interesse pelo cultivo da fruta surgiu durante uma das visitas a campo proporcionadas pela Casa de Agricultura, para conhecer de perto os processos de produção. Hoje, Ravazzi possui até uma câmara climática para o amadurecimento do fruto de maneira uniforme e natural.

A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), por meio da Apta Regional, órgão de pesquisa ligado à Secretaria de Agricultura, iniciou importante projeto de Políticas Públicas de Plantas Medicinais, Aromáticas e Fitoterápicos no estado de São Paulo, para viabilizar a Agricultura Familiar como fornecedora de matéria prima vegetal para diferentes segmentos de mercado. O projeto é coordenado por Sandra Maria Pereira da Silva, pesquisadora em Plantas Medicinais e Aromáticas na Apta Regional de Pindamonhangaba.


“Com este projeto, poderemos plantar e vender as medicinais com segurança e em maior quantidade, ajudando outras pessoas e melhorando a renda familiar”, afirma a bióloga e produtora rural de plantas medicinais em Assis, Iara Maíra Jaloretto Barreiro. A pequena horta agroecológica da família de Iara, é comandada pelas mulheres da família, sendo ela, a irmã e a mãe, em um sonho que começou a ganhar forma em 2020.

Iara cultiva ervas medicinais em pequena quantidade e vende diretamente para o consumidor final, mas ela sonha, com apoio da Apta Regional, em aumentar o cultivo para fornecer em grandes escalas, como abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS). “Para isso precisamos de capacitação e regulamentação e, este projeto, vai nos ajudar muito nesse sentido, pois a comercialização ainda é um obstáculo”, finaliza.

Braço da Secretaria de Agricultura, que caminha lado a lado com o agricultor, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) é o órgão responsável pelas ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Em seu trabalho cotidiano de transformar projetos, programas e políticas em renda, emprego e qualidade de vida, a CATI tem sido base de transformação da vida de milhares de famílias rurais.

Ao lado dos pais, o jovem produtor Lucas Del Passo, de Araraquara, computa ao trabalho dos extensionistas da CATI, grande relevância para sua decisão de permanecer no campo e, junto à família, dar continuidade à missão da família, que já está na terceira geração de cafeicultores.

Do plantio de mudas selecionadas a torrefação e moagem dos grãos, a família Del Passo é responsável por colocar no mercado cafés especiais, produzidos com qualidade e sustentabilidade. E para expandir essa história, a família contou com assistência técnica e apoio da CATI Regional Araraquara para acessar uma linha de crédito do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), visando ao aumento da área cultivada e a implantação de sistema agroecológico.

“Cresci vendo os meus avós e os meus pais trabalhando na agricultura com café, e assim fui pegando gosto e amando a atividade. Os técnicos da CATI nos apoiaram desde o começo para chegarmos onde estamos. Nos auxiliaram para tirar o CNPJ, para regularizar a propriedade e a produção junto à prefeitura e à Vigilância Sanitária, nos apoiaram para tirar o Selo da Agricultura Familiar, nos enquadrar no Pronaf até conquistar o acesso ao crédito rural do FEAP, que mudou a nossa vida e nos possibilitou expandir a produção com qualidade”, afirma Lucas.

Temos hoje no Estado, 407 mil propriedades rurais, sendo que 190 mil são propriedades de até 22 hectares. Este tipo de trabalho compreende desde o cultivo até o gerenciamento, e tem grande importância não só na produção de alimentos, mas pela função essencial de gerar emprego e renda, contribuindo para a economia em um contexto geral. 

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