Pessoas ciumentas e inseguras tendem a dormir mal, aponta pesquisa

Os dados apresentados nesta última terça-feira (10), na Academia Americana de Medicina do Sono (AASM), afirmam que a má qualidade de sono está ligada a níveis mais altos de insegurança, autoestima e ciúmes. A pesquisa indica que pessoas que experimentam com frequência essas emoções tendem a dormir pior, enfrentando dificuldades tanto para adormecer quanto para manter o sono ao longo da noite.

De acordo com os pesquisadores, emoções como desconfiança e ciúme criam um estado de alerta constante no cérebro, que impede o organismo de entrar em um estado de relaxamento profundo, essencial para um sono reparador. Essa ativação emocional afeta diretamente a qualidade do descanso, resultando em noites mal dormidas, sono fragmentado e despertares frequentes. Segundo o especialista Vitor Vieira, cirurgião Bucomaxilofacial e especialista no trato pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono, o sono influencia diversos aspectos da vida do paciente.

“Pacientes que às vezes até dormem bastante em quantidade de tempo, mas infelizmente não tem qualidade do sono porque não respiram direito durante a noite. O corpo reage à falta de ar causando microdespertares, e quando acorda, aquela sensação de cansaço ainda predomina. Podem acontecer impactos no sistema cardiovascular, respiratório e neurológico.” Explica o especialista.

O estudo destaca ainda que essa má qualidade do sono tem efeitos importantes no funcionamento emocional e cognitivo das pessoas ao longo do dia. A privação do sono pode agravar sintomas de ansiedade, dificultar a concentração, prejudicar a memória e diminuir a capacidade de regular emoções. Além disso, o estudo reforça a importância de tratar o sono como um pilar da saúde mental.

Dormir bem não é apenas uma questão de cansaço físico, mas uma necessidade fundamental para o equilíbrio emocional e a qualidade de vida, pois cuidar do sono pode ser uma das formas mais eficazes de preservar o bem-estar.