Mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com ansiedade; entenda a importância de controlá- la

De acordo com dados da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), a ansiedade atinge mais de
300 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que apenas no Brasil, cerca de 18,6 milhões de
indivíduos são afetados, ou seja, 9,3% da população. Apesar de ser uma emoção fundamental para
o corpo, é crucial saber controlá-la e assim evitar que problemas patológicos surjam e interfiram na
qualidade de vida. A boa notícia é que além do uso de medicamentos é possível treinar o cérebro
de uma forma natural e não invasiva para conseguir regulá-la.

Segundo a neurocientista da BrainEstar, Drª Emily Pires, a ansiedade é uma resposta natural do
corpo ao estresse, caracterizada por sentimentos de preocupação, nervosismo ou medo intenso.
“Ela é considerada uma emoção normal quando surge em momentos em que enfrentamos
situações que podem nos provocar medo, dúvida ou alguma expectativa diante dos fatos, como
quando algo novo está prestes a acontecer”, comenta a neurocientista, reforçando que apesar de
ser importante para sobrevivência e evolução do ser humano, precisa ser controlada para evitar
grandes problemas físicos e emocionais.

“A ansiedade pode alterar a conectividade entre diferentes regiões do cérebro, como o córtex préfrontal (envolvido no planejamento e tomada de decisões) e a amígdala. Essa disfunção pode
dificultar o controle dos pensamentos ansiosos e das respostas emocionais. Em pessoas com
ansiedade, a amígdala também pode estar hiperativa, levando a uma resposta exagerada ao medo
e ao estresse. Além disso, o hipocampo, responsável pela formação de novas memórias e pela
regulação das emoções, também pode ser afetado já que os altos níveis de cortisol (hormônio do
estresse) podem reduzir o seu volume, afetando a memória e o controle emocional”, ressalta Emily
Pires.

Além de poder levar a transtornos como depressão, fobias e TOC (transtorno obsessivocompulsivo), a ansiedade aumenta o risco de doenças cardiovasculares, problemas digestivos e o
enfraquecimento do sistema imunológico, porém, é possível controlá-la treinando o cérebro
através do neurofeedback.

“O neurofeedback permite que os indivíduos vejam em tempo real a atividade elétrica de seus
cérebros, proporcionando uma compreensão mais profunda de como suas emoções estão sendo
gerenciadas. Através de sessões de treinamento, os participantes aprendem a autorregular essas
atividades cerebrais, promovendo um estado de calma e foco. Esse processo ajuda a reduzir a
ansiedade excessiva, promovendo um equilíbrio emocional mais saudável”, explica o diretor
técnico da BrainEstar Profº Faria Pires, acrescentando a importância de falar sobre as emoções nos
dias atuais. Tema inclusive de um dos filmes infantis mais comentados dos últimos tempos.

“É fundamental que o ser humano entenda as suas emoções e a importância delas para a nossa
vida. No filme ‘Divertida Mente 2’, podemos apreciar a complexidade de cada uma delas e a
importância de controlá-las para assim termos uma vida próspera e saudável”, finaliza Marcílio.

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