Julho amarelo: mais de 1 milhão de pessoas morrem anualmente de hepatite no mundo

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, aproximadamente 1,4 milhões de pessoas morrem anualmente no mundo em decorrência da hepatite, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada. Para ajudar a conscientizar e orientar a população sobre a importância da prevenção contra essa doença, o sexto mês do ano é marcado pela celebração da campanha Julho Amarelo.

A hepatite é uma inflamação do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas como alguns remédios. A hepatite A (HAV) é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. A doença fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não apresenta sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos.

Já os tipos B (HBV) e C (HCV) são transmitidos por meio do sangue e quando os sintomas aparecem são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desse vírus, os tipos B e C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado.

“O diagnóstico da hepatite geralmente é feito através do exame de sangue e o tratamento está intimamente relacionado a causa. Mas como regra geral, independente do tipo de hepatite, mudança de hábitos alimentares, como redução do consumo de carboidratos, alimentos processados e ultraprocessados, não consumir bebida alcoólica, redução de peso e de circunferência abdominal são sempre necessários”, comenta o gastroenterologista da Ativia Saúde, Drº Luiz Reynaldo, reforçando a importância da campanha Maio Vermelho.

“O intuito da campanha é alertar a população para um problema que limita a vida das pessoas ainda em uma fase produtiva e que, em sua fase de evolução tardia acaba gerando cirrose e por vezes câncer hepático. Após a cirrose instalada o único tratamento possível é o transplante hepático, que infelizmente ainda é feito em quantidade abaixo do desejável, contribuindo assim para a morte de muitas pessoas”, comenta o médico.

Atualmente, existem vacinas apenas para prevenção contra as hepatites A e B (em até 4 doses) que podem ser tomadas a partir dos 12 meses de idade, em qualquer Unidade Básica de Saúde de forma gratuita.

ATIVIA SAÚDE  

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