Governo de SP vai pagar R$ 544 milhões em bônus a professores e servidores da rede estadual de ensino
Das 5.000 escolas estaduais, 1.523 alcançaram a meta ouro ou a meta diamante
O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (17) que vai pagar no próximo dia 25 de abril, um bônus a servidores da rede estadual de ensino. O pagamento será em parcela única e é referente ao desempenho das escolas estaduais no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) em 2024.
Ao todo, serão depositados R$ 544 milhões, valor 161% a mais do que o pago no ano passado, quando foram repassados R$ 208 milhões. O número de funcionários que bateu a meta e tem direito à bonificação também aumentou. Neste ano, 159.430 servidores, entre professores, dirigentes, diretores e equipes das escolas, receberão o benefício, contra 39,2 mil na última edição. O valor médio do pagamento é de R$ 3.415,00. O maior bônus pago a um funcionário da rede neste ano será de R$ 33.543,32, para um diretor de escola.
Segundo o governo do estado, o aumento do valor e do número de servidores beneficiados é resultado direto da melhora dos resultados educacionais. Após uma década, São Paulo avançou em língua portuguesa e matemática em todos os anos avaliados no Saresp. Destaque para o 2º ano do Ensino Fundamental com crescimento de 45,3% em matemática e 28% em língua portuguesa na comparação com a prova de 2023.
“Os índices são positivos e são resultados diretos do esforço de toda a rede nos últimos dois anos. A última edição do Saresp também registrou aumento da participação de estudantes na comparação com 2023. O valor também é resultado de mudanças que fizemos no cálculo. Até a última edição, o bônus era definido pelo rendimento apenas das provas de língua portuguesa e matemática das séries finais dos ciclos – 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio. Com a mudança, pudemos reconhecer e distribuir com mais equidade o papel de cada professor e profissional na aprendizagem e avanços de nossos estudantes”, explica o secretário da Educação, Renato Feder.
Como é realizado o cálculo
A partir deste ano, o cálculo é feito com base nas notas dos estudantes de todas as séries e disciplinas avaliadas no Saresp do Ensino Fundamental e Médio e nas metas por escola. São computadas a evolução na aprendizagem, a frequência do aluno e a participação dos estudantes no Saresp e Provão Paulista Seriado.
As metas por unidade de ensino servem de baliza para estipular o valor a ser pago a docentes dos anos iniciais do Ensino Fundamental e de disciplinas que não estão no Saresp e Provão Paulista Seriado (tais como Educação Física, eletivas e itinerários do Ensino Médio), além de gestores e profissionais do quadro de apoio e projetos.
Já para professores regentes de disciplinas avaliadas, a apuração dos resultados é proporcional à carga horária. Para aqueles que atribuem em mais de uma escola ou, ao mesmo tempo, em disciplinas avaliadas e não-avaliadas (tais como matemática e educação financeira), a composição do benefício é a ponderação entre a “meta escola” e a “meta disciplina”.
Escolas e professores que alcançarem 100% da meta foram bonificadas na classificação “diamante”, com uma bonificação de dois salários. Já no índice “ouro”, de 50%, o bônus é de um salário. Para garantir a igualdade de acesso ao bônus, e considerando as disparidades na rede, as metas foram ajustadas a cada escola e disciplina a partir de fatores como ciclo, vulnerabilidade e quantidade de estudantes matriculados por unidade.
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Foto: Divulgação
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