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Filme mais visto da história do cinema no Brasil, ‘Divertida Mente 2’ retrata evolução emocional infantojuvenil

Psicólogo do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), explica que cada fase deve ser experimentada; animação de Disney e Pixar bate recorde de 20 milhões de ingressos vendidos no país

Por Portal Aqui Vale
Foto: Divertida Mente 2 - Crédito Pixar

A animação “Divertida Mente 2”, produção da Disney e Pixar, fez história nesta semana: ao bater a marca de 20 milhões de ingressos vendidos, tornou-se o filme mais visto de todos os tempos nas salas de cinema no Brasil, ultrapassando “Vingadores: Ultimato”, que vendeu R$ 19,7 milhões. Na primeira edição, Riley, a protagonista, tinha 11 anos, e vivenciava os sentimentos de alegria, tristeza, medo, raiva e nojo; todos retratados como personagens cativantes, vivendo, literalmente, na mente da menina. Agora, com 13 anos, ela passa a conhecer novas emoções, com as quais precisa lidar e que são inerentes a essa fase da vida, tais como ansiedade, inveja, vergonha e tédio.

Desde que as crianças nascem, já na primeira infância, de zero a seis anos de idade, já aprendem a vivenciar os sentimentos mostrados no primeiro “Divertida Mente”. “À medida em que a criança vai experienciando esses sentimentos, ela vai aprendendo a nomeá-los com a ajuda de seus pais e cuidadores e, mais tarde, no ambiente escolar. Essa é uma fase muito importante, pois, a priori, o que ela sente é uma sensação, mas que não sabe identificar, por isso esses contatos vão auxiliando a identifica-los e sendo ampliados, conforme o tempo passa”, explica o psicólogo Gabriel Banzato, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP).

“Essa é uma sacada brilhante do filme. As crianças têm os sentimentos como algo total. Não existe a possibilidade de sentir alegria e tristeza ao mesmo tempo. Ou se está alegre, ou se está triste. E, com o tempo, isso vai se transformando. O desenvolvimento orgânico e biológico da criança, possibilita uma maior complexidade dos próprios sentimentos e da capacidade de percepção dessas emoções”, diz.

Nesta fase, o psicólogo destaca que o papel dos pais e educadores deve ser o de apoiar, orientar e conduzir essas vivências para que, por meio da comunicação clara, ajudem a criança a construir a percepção dos próprios sentimentos e dar nome a eles. Ou seja, estar próximo, estabelecer um vínculo afetivo, conviver, deixar a criança livre para se expressar e se sentir segura em comunicar – a seu modo – aquilo que está sentindo. Assim, os adultos vão ajudando e apresentando para a criança os sentimentos, como fome, felicidade, tristeza e tantos outros.

Adolescência

Assim como na ficção, o psicólogo explica que sentimentos como ansiedade, inveja, vergonha e tédio surgem na adolescência. “Na adolescência, há a mudança da percepção com relação à realidade. A criança cresce e passa a enfrentar situações diferentes, que causam sensações novas. Com o desenvolvimento, ela vai ficando mais capacitada, do ponto de vista biológico e orgânico, para também dar conta de processar esses tipos de emoções mais complexas. Isso é decorrente de como vão se relacionar com os outros e o que essas relações são capazes de despertar. Aí entram, por exemplo, a inveja e a vergonha. Já os sentimentos de ansiedade e tédio têm relação com as experiências de cada um e, com o passar do tempo, tornam-se ainda mais complexas. Como no final da primeira produção do filme, onde pode haver a mistura de alegria com tristeza”, relembra.

“Sentir” é para sempre

Para lidar da melhor forma com as emoções, o psicólogo sugere que, em todas as fases da vida, inclusive na adulta, seja possível conversar, verbalizar e expressar, uma vez que todos os seres humanos estão sujeitos a vivenciar esses sentimentos. “É importante reconhece-los e cuidar deles para evitar que gerem sofrimento e se tornem insuportáveis – dependendo do que seja. Também é importante dizer que não existem sentimentos ruins, pois dependem do contexto. Isso faz parte da própria natureza e a evolução é desenvolver maior capacidade de administrá-los, sejam de natureza prazerosa ou o contrário”, destaca.

“A raiva, por exemplo, não é tão ruim e, às vezes, é necessária para que possamos reagir diante de determinadas situações. Outro exemplo é o medo, que têm a função de nos proteger de situações de risco, como mexer com uma cobra. Tudo depende da intensidade e se causa sofrimento. Caso algo esteja exacerbado, buscar a ajuda profissional é a melhor opção, seja um psicólogo, um médico ou psiquiatra. O importante é poder dar conta dos sentimentos e das emoções”, orienta.

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