Empresa terceirizada pela Prefeitura de São José dos Campos não paga parcela do 13° aos funcionários

Desde o início de outubro, o AQUI VALE vem divulgando problemas no contrato da empresa W.L.R. Rita Prestação de Serviços com a Prefeitura de São José dos Campos para operar a logística do Almoxarifado da Saúde da cidade.

Hoje (5), os funcionários procuraram, novamente, nossa equipe para denunciar que não receberam a primeira parcela do décimo terceiro salário, como determina a legislação, além de terem sido informados de que o salário mensal não será pago hoje.

O Almoxarifado Geral é um setor muito importante que impacta diretamente na vida da população, pois é responsável pelo controle, armazenamento e entrega de insumos médicos a todas as unidades públicas de saúde no município, como UBSs e UPAs.

Contrato e início das operações
O contrato firmado entre a Prefeitura de São José dos Campos e A W.L.R. Rita tem duração de 24 meses e valor total de R$ 6.367.039,28 — aproximadamente R$ 265 mil por mês. Logo após o início das atividades, em setembro, começaram a surgir reclamações por parte dos trabalhadores.

Atrasos de salários e benefícios
Segundo relatos anteriormente já divulgados, os funcionários enfrentam atrasos no pagamento de salários e benefícios. Muitos também relataram dificuldade em comparecer ao serviço por falta do vale-transporte, que não teria sido depositado corretamente em alguns períodos do contrato.

A situação levou, inclusive, cerca de 50 funcionários a paralisar as atividades temporariamente em alguns momentos no decorrer desses meses, conforme afirmaram ao AQUI VALE alguns trabalhadores.

Veículos bloqueados
Problemas com empresas locadoras de veículos usados pela contratada também foram identificados. Funcionários afirmam que os carros locados pela empresa tiveram seu uso bloqueado devido à falta de pagamento por parte da W.L.R. Rita.

O portal AQUI VALE chegou a flagrar carros oficiais da Prefeitura realizando o transporte dos insumos e medicamentos até as unidades de saúde, no lugar dos carros da empresa que deveriam realizar o serviço, conforme previsto em contrato.

Justificativas da empresa
O proprietário da empresa, Willian Luiz Ribeiro Rita, falou, anteriormente, com o AQUI VALE e reconheceu os atrasos. Ele afirmou que a empresa depende do repasse da Prefeitura após a emissão de notas fiscais e que estaria enfrentando dificuldades financeiras também em contratos firmados com outros municípios. Na época, segundo ele, a empresa estaria “correndo contra o tempo” para normalizar os pagamentos, mas não apresentou prazos concretos para a regularização.}