‘’Cracolândia em SJCAMPOS’’. Estamos diante de um problema crescente?

O cenário no coração de São José dos Campos levanta um alerta: a presença crescente de usuários de drogas na Travessa César Leite tem gerado insegurança entre moradores e frequentadores da região. A área, vizinha à Associação Esportiva São José, tornou-se ponto recorrente de consumo, inclusive à luz.
Relatos de moradores, como o de um pai que frequenta o clube com a filha para aulas de natação, apontam uma realidade preocupante: “A situação é insustentável”, afirmou um morador para o Portal Life, preferindo o anonimato.

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A situação não se restringe ao uso. A região central foi palco recente de uma prisão que revelou a existência de uma espécie de “mini cracolândia”, coordenada por um traficante envolvido, inclusive, em tentativa de homicídio. O local, demolido em 2023 após investigações da Polícia Civil, havia sido ponto de tráfico e uso intenso de drogas.

Enquanto isso, o poder público afirma agir. Prefeitura e governo estadual dizem manter rondas diárias com a Guarda Civil Municipal e Polícia Militar, além de ações sociais. Contudo, esbarram em limitações legais: sem consentimento, não há internação. E mesmo quando há acolhimento, o número de recaídas ou evasões preocupa.

Dados mostram que São José tem sido destino de usuários transferidos da Cracolândia paulistana. Em 2023, 147 pessoas chegaram à cidade para tratamento, mas quase metade abandonou o processo. Além disso, mais de 220 dependentes que já moravam na cidade também foram acolhidos.

O vice-governador Felício Ramuth, ex-prefeito da cidade e hoje coordenador estadual da política sobre drogas, defende o modelo de acolhimento nas comunidades terapêuticas. Porém, na prática, a rotatividade e a reincidência de usuários nas ruas seguem evidentes.
Diante dos relatos, prisões, ações sociais e números, fica a pergunta: São José está enfrentando um problema crescente ou apenas visibilizando uma crise que sempre esteve ali?

A cidade que sempre se orgulhou de seus índices de qualidade de vida agora precisa encarar uma questão urgente: Como equilibrar segurança, saúde e dignidade humana diante de um drama tão complexo quanto a dependência química?

Foto: Portal Aqui Vale

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