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Cientistas descobrem nova espécie de morcego 

Nova espécie, batizada em homenagem ao povo Guarani, reforça a importância dos morcegos para o equilíbrio da natureza.

Por Portal Aqui Vale

Imagina só: um morceguinho que pesa só 6 gramas e que já estava por aí há mais de 120 anos, mas ninguém tinha percebido que era uma espécie diferente. Pois é! Pesquisadores da Fiocruz, em parceria com universidades do Brasil, Portugal e dos Estados Unidos, descobriram uma nova espécie de morcego e batizaram de Myotis guarani, em homenagem ao povo indígena Guarani.

Esse novo morcego vive em regiões como o Pantanal, o Cerrado, a Mata Atlântica e até em outros países da América do Sul, como Paraguai, Bolívia e Argentina. Apesar de já estar presente em coleções de museus há mais de um século, ele sempre foi confundido com outras espécies do gênero Myotis, que têm mais de 35 tipos bem parecidos entre si. A diferença só foi revelada depois de estudos genéticos e muita pesquisa de campo.

A confirmação veio com uma expedição recente da Fiocruz ao Pantanal, onde os cientistas conseguiram encontrar e estudar vários exemplares do Myotis guarani. Eles são insetívoros, ou seja, só comem insetos — e podem devorar mais de 200 por noite! Um verdadeiro exército natural contra pragas e mosquitos.

Além de controlar insetos, os morcegos têm um papel essencial na natureza: ajudam a polinizar plantas e espalhar sementes. Por isso, proteger esses bichinhos é proteger o equilíbrio dos nossos ecossistemas.

A descoberta faz parte de um projeto maior que estuda morcegos e os microrganismos que eles carregam. A ideia é entender melhor como esses animais se relacionam com o meio ambiente e com a saúde humana — algo que ficou ainda mais urgente depois da pandemia de Covid-19.

O trabalho é liderado pelo biólogo Ricardo Moratelli e mostra como a ciência e a conservação da natureza caminham juntas. E tudo isso acontece a partir do Campus Fiocruz Mata Atlântica, que fica na zona Oeste do Rio de Janeiro, bem ali na borda da maior floresta urbana do mundo: a Floresta da Pedra Branca.

Mais do que uma descoberta científica, o Myotis guarani representa um lembrete importante: ainda há muito o que conhecer sobre a nossa biodiversidade — e muita coisa incrível escondida bem debaixo dos nossos olhos.

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