Após 1,2 mil relatos de reações, pasta da Colgate com fórmula alterada segue com venda proibida

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém suspensa a venda da pasta de dente Colgate Total 12 Clean Mint, após um crescimento no número de relatos de reações adversas. Desde que o produto passou por uma reformulação em julho de 2024, mais de 1.200 pessoas notificaram sintomas como ardência, inchaço nos lábios, dores e inflamações nas gengivas. A suspensão da comercialização permanece válida enquanto as investigações sobre a nova composição do produto seguem em andamento.

A primeira medida cautelar foi adotada em 27 de março de 2025, quando a Anvisa determinou a proibição da venda e distribuição da Colgate Total Clean Mint em todo o território nacional. Três dias depois, a empresa obteve uma decisão judicial favorável que permitiu temporariamente a retomada da comercialização. No entanto, em 30 de abril, a própria Colgate suspendeu novamente as vendas voluntariamente.

Os relatos começaram em 2024, com apenas 13 notificações iniciais. Mas entre março e maio deste ano, os números cresceram rapidamente, totalizando mais de 1.200 ocorrências. A investigação é concentrada em três ingredientes principais introduzidos ou alterados na nova fórmula: o fluoreto de estanho, utilizado em substituição ao fluoreto de sódio; óleos essenciais usados como aromatizantes; corantes e aditivos de sabor. Esses componentes são conhecidos por seu potencial alergênico em algumas pessoas e estão sendo analisados.

Em nota, a Colgate declarou que segue empenhada em esclarecer os casos, afirmando seu compromisso com a segurança e qualidade dos produtos comercializados. “Seguimos em colaboração contínua com a Anvisa para o avanço das investigações técnicas”, afirmou a marca.

As investigações continuam e ainda não há prazo definido para a conclusão do processo ou para uma eventual liberação do produto reformulado.