A cada R$ 1 de lucro obtido pela indústria do tabaco, o Brasil gasta R$ 5,00 com doenças relacionadas
Cerca de 9,3% da população brasileira de declarou fumante, ou seja, 19,6 milhões
Nesta última quarta-feira (28), o Ministério da Saúde divulgou dados significativos sobre os impactos do tabagismo no Brasil, em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio. Segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca), para cada R$ 1 de lucro obtido pela indústria do tabaco, o Brasil gasta R$ 5,10 com custos diretos e indiretos relacionados a doenças causadas pelo fumo.
O relatório intitulado “A Conta que a Indústria do Tabaco Não Conta” revela que os custos diretos médios por morte associada ao tabagismo são de R$ 361 mil, enquanto os custos totais (diretos e indiretos) chegam a R$ 796 mil.
Durante evento na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou a necessidade de conscientização:
“Precisamos sensibilizar cada vez mais a população de que o cigarro continua sendo extremamente nocivo. Ele faz mal à saúde, sobrecarrega o sistema público de saúde e impacta negativamente a economia.”
Cerca de 9,3% da população brasileira se declarou fumante, ou seja, 19,6 milhões. A maior prevalência está entre os homens (11,7%) do que entre as mulheres (7,2%), segundo os dados da Pesquisa Vigitel 2023.
Como parte das ações do Dia Mundial Sem Tabaco, o Ministério da Saúde lançou a campanha nacional “Sem Cigarro, Mais Vida”. A iniciativa visa conscientizar especialmente os jovens sobre os riscos do tabagismo, com foco nos dispositivos eletrônicos e aditivos. O país recebeu reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) por suas políticas de controle do tabaco. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi premiada pela regulamentação dos dispositivos eletrônicos para fumar, mantendo a proibição desses produtos no país.
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