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2024: Valor do condomínio registra aumento de até 9% em São José dos Campos

Especialista em direito condominial explica reajustes, que ficaram acima da inflação oficial do Brasil no fechamento de 2023

Por Portal Aqui Vale

O início de um novo ano muitas vezes traz consigo não apenas expectativas renovadas, mas também desafios financeiros para os moradores de condomínios. Um cenário que tem se destacado nos últimos tempos é o aumento significativo nas taxas condominiais, que impacta diretamente o orçamento das famílias.

Segundo a última divulgação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de dezembro de 2023, o valor dos condomínios no Brasil fechou o ano com acumulado de 6,74%, ou seja, acima da inflação oficial do país, que ficou em 4,62%. Em São José dos Campos, estima-se que o aumento no valor dos condomínios tenha sofrido um reajuste de 4% a 9% em 2024.

A estimativa é de Eduardo Rachid, advogado especialista em direito condominial, que atua há mais de 20 anos auxiliando juridicamente síndicos do Vale do Paraíba. Segundo o especialista, esse aumento na taxa está atrelado aos reajustes em contas pagas pelos condomínios.

“Houveram aumentos nas contas que os condomínios precisam pagar e, por causa disso, foi necessário reajustar os valores das taxas condominiais. Contas como a de  água e esgoto, que fecharam 2023 com índice acima da inflação (10,08%), são exemplos do que puxou o reajuste do condomínio. No entanto, o que fez aumentar mesmo os valores foram os dissídios coletivos das categorias de limpeza e portaria, que vieram pesados neste início de ano”, afirmou o advogado.

Segundo Rachid, a gestão profissional torna-se fundamental diante desse cenário desafiador. A revisão de custos, a eficiência energética e a otimização da folha de pagamento dos funcionários são estratégias que podem auxiliar na contenção de despesas.

“A cota condominial é um rateio de despesas, ou seja, não se arrecada mais do que precisa. Todos os condomínios que recebem muito próximo do que gastam precisam reajustar a cota e cortar despesas. São pequenas ações que podem ajudar bastante, como campanhas para conscientização no uso da água e da luz, por exemplo”, explicou.

Além da redução de custos, a importância das assembleias ordinárias também se destaca. Nestas reuniões, os moradores têm a oportunidade de discutir e decidir sobre os valores e os rumos financeiros do condomínio. A transparência nessas assembleias é crucial para a compreensão e aceitação dos ajustes propostos.

Em meio aos desafios financeiros, é fundamental que a comunidade condominial trabalhe de maneira colaborativa, buscando alternativas inteligentes para manter a qualidade de vida dos moradores sem comprometer significativamente seus orçamentos. A conscientização e a participação ativa dos condôminos são essenciais para encontrar soluções que beneficiem a todos.

Aumento da inadimplência em condomínios está relacionado com os reajustes nas taxas condominiais

Um levantamento divulgado pela uCondo, plataforma de gestão de condomínios, mostrou que a inadimplência da cota atingiu um índice recorde e fechou 2023 com 24,04%, quase o dobro do registrado em 2020, quando a taxa foi de 14%.

Eduardo Rachid enfatiza que esse crescimento no número de inadimplentes está diretamente relacionado com os reajustes das taxas condominiais.

“É uma relação direta. O aumento nas taxas condominiais, somado aos desafios econômicos enfrentados pela população, resulta em uma inadimplência cada vez mais expressiva. Isso coloca os condomínios diante de desafios financeiros consideráveis, comprometendo a capacidade de manter serviços essenciais e realizar melhorias necessárias”, disse o advogado.

A gestão transparente e participativa, de acordo Rachid, é crucial para lidar com esse cenário. A realização de assembleias ordinárias, onde os condôminos podem discutir não apenas os reajustes nas taxas, mas também estratégias para enfrentar a inadimplência, torna-se uma ferramenta essencial.

“É necessário buscar soluções coletivas. A transparência nas assembleias permite que os moradores compreendam os desafios financeiros do condomínio e participem ativamente na busca por alternativas viáveis. Diálogo aberto, compreensão mútua e ações conjuntas são fundamentais para reverter esse quadro de inadimplência e garantir a estabilidade financeira dos condomínios”, concluiu Rachid.

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