Vereador desabafa sobre tratamento da Prefeitura com os vereadores “quem me descartou foi um tirador de xerox”

O vereador Walter Hayashi (União Brasil) desabafou durante a sessão ordinária desta quinta-feira (16), sobre o tratamento que a Prefeitura de São José dos Campos tem dado aos vereadores que não fazem parte da base de governo.

“A falta do respeito que o executivo tem com a nossa casa. Ele (o prefeito) manda, toda sessão de quinta-feira, que se vota projeto, e às vezes na terça-feira quando vota algum requerimento, alguma coisa, ele manda o Secretário-Adjunto aqui na nossa casa para policiar os vereadores. Para ver como é que vota. Então perdeu-se o respeito pela nossa casa. Então, quando eu fui descartado da base do governo, desse governo que eu ajudei a eleger, que eu ajudei, que eu trabalhei. Não serve mais porque esse ‘cara’ questiona muita coisa. Esse vereador questiona muita coisa”, disse Walter durante plenária.

O desabafo ocorreu também por conta de um Projeto de Lei que “autoriza a Prefeitura Municipal a desafetar e doar área de domínio público do Município pertencente à classe de bens de uso especial à Fazenda Pública Estadual para construção de escola estadual” na Avenida Brigadeiro Gilberto Sampaio de Toledo, Vila Adriana.

Segundo Walter, ele havia colocado uma emenda para que essa escola fosse construída nos moldes Cívico-Militar. Porém, não autorizaram essa emenda e “alegaram uma outra coisa e simplesmente… Aí é uma questão de embate político. Porque eu sou da oposição e inventam qualquer coisa para barrar coisa minha e de outros vereadores”, disse.

Walter contou que o pressionaram para dar um parecer na sessão de quinta (16), sendo que o prazo é até o dia 22 de maio. Walter e o vereador Roberto Chagas (PL) não deram parecer e disseram que vão analisar com calma os valores que constam no PL.

A Câmara Municipal de São José dos Campos aprovou, nesta quinta-feira (16), o Projeto de Lei (PL) para implementar o modelo de Escola Cívico-Militar na rede pública municipal de ensino. O projeto será realizado em convênio com o Governo Estadual.

O Projeto de Lei 332/2023, apresentado pelo vereador Thomaz Henrique (PL), recebeu dois votos contrários das vereadoras do PT Juliana Fraga e Amélia Naomi.

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