Homem e máquinas? O futuro da medicina
No Dia do Médico, avanço das cirurgias robóticas reforça integração entre tecnologia e prática médica no país

A tecnologia já é parte da rotina das salas cirúrgicas no Brasil. No Dia do Médico, celebrado neste sábado (18), o avanço das cirurgias robóticas evidencia a transformação da prática médica, marcada pela integração entre conhecimento humano e ferramentas automatizadas.
Durante o procedimento, o paciente é anestesiado e posicionado na mesa cirúrgica. O robô, com quatro braços mecânicos, realiza pequenas incisões por onde são inseridas câmeras e instrumentos de alta precisão. A operação é controlada à distância por um cirurgião, que utiliza um console para comandar os movimentos. O sistema permite maior precisão, menor sangramento e recuperação mais rápida.
A primeira cirurgia robótica realizada no Brasil ocorreu em 2008, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Desde então, a tecnologia se expandiu para dezenas de instituições públicas e privadas, alcançando especialidades como urologia, ginecologia, cardiologia e neurocirurgia. Em Santa Catarina, o primeiro procedimento foi registrado em 2019, no Hospital Santa Isabel, em Blumenau.
O robô mais utilizado no país é o Da Vinci, desenvolvido nos Estados Unidos com tecnologia originalmente criada pela Nasa. O equipamento custa cerca de R$ 12 milhões e demanda manutenção anual de aproximadamente R$ 1 milhão. No setor público, o sistema foi incorporado pela primeira vez em 2012, no Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro.
Neste ano, o Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer a prostatectomia radical assistida por robô para pacientes com câncer de próstata localizado ou localmente avançado. A decisão foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Os hospitais terão até 180 dias para iniciar o serviço, com definição de centros de referência e capacitação das equipes médicas.
O uso de robôs em cirurgias representa um dos principais avanços recentes na medicina brasileira. Especialistas apontam que a próxima etapa será a integração com sistemas de inteligência artificial, voltados à análise de exames e apoio à tomada de decisão clínica.
O cenário reforça que, no Dia do Médico, o exercício da profissão passa a incluir não apenas o bisturi, mas também o controle remoto de equipamentos capazes de ampliar a precisão e a segurança dos procedimentos.
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