Crise Trabalhista: Funcionários do Almoxarifado da Saúde continuam sem pagamento em SJC
Proprietário da empresa se manifesta sobre atraso nos pagamentos, mas não cita data definitiva para quitação. O contrato feito com a Prefeitura para apoio operacional é de R$ 6 milhões no total

Os funcionários da empresa W.L.R. RITA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, contratada pela Prefeitura de São José dos Campos para apoio operacional do Almoxarifado da Saúde retornaram ao trabalho hoje (9), mas continuam sem receber os salários e benefícios atrasados. O setor é responsável pela distribuição de itens nas unidades de saúde da cidade, como fraldas, medicamentos (inclusive os de alto custo), insulinas especiais etc.
De acordo com os empregados, as pendências incluem atraso nos salários e pagamentos de outros benefícios (como vale-alimentação e vale-transporte) da categoria. Muitos também criticam a forma como a situação vem sendo conduzida pelo proprietário da firma, com respostas superficiais e até em tom de ironia.
A empresa W.L.R. RITA PRESTACAO DE SERVICOS assinou contrato com a Secretaria de Saúde da Prefeitura de São José dos Campos por R$ 6.367.039,28 por 24 meses, recebendo R$ 265.293,30 mensais, conforme divulgado no Portal de Transparência do governo municipal.
Há cerca de 1 mês ela assumiu os serviços no Almoxarifado da Saúde e, desde então, não vem cumprindo o acordado com os cerca de 60 funcionários, contratados em regime de CLT.
PROPRIETÁRIO DA EMPRESA SE MANIFESTA
Willian Luiz Ribeiro Rita, proprietário da empresa citada, falou ao Aqui Vale. Ele reconhece o atraso nos salários e benefícios dos quase 60 funcionários, mas nega as afirmações de retaliação por parte da firma a qualquer empregado.
Segundo Willian Luiz, sua empresa assumiu a logística do Almoxarifado Central da Secretaria de Saúde no dia 01 de setembro e após 30 dias de atividades, enviou à Prefeitura a nota fiscal dos serviços, conforme rege a legislação. Diante disso, a Administração tem até dia 04 de novembro para quitar o valor mensal, conforme previsto no contrato.
“Nesse período, a empresa deveria honrar os acordos trabalhistas, porém, para isso contava com o repasse de contratos que mantém em outros municípios, os quais sofreram atrasos. Estou numa corrida contra o tempo para levantar recursos que possam resolver esses pagamentos. Nossa folha de pagamento é alta e não é fácil manter sozinho o primeiro mês”, justifica o empresário.
Questionado sobre um prazo definitivo para quitação das dívidas, ele respondeu que “toda minha equipe está numa força tarefa para que tudo seja resolvido o quanto antes”, mas não deu uma data exata para os repasses.
SEM RESPOSTA – Nossa equipe entrou em contato com a Prefeitura buscando um posicionamento da administração municipal, mas não obtivemos retorno.
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