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Auditor fiscal de SJC foi preso por ocultar fortuna em paraíso fiscal e criptomoedas

O auditor ocultava parte de sua fortuna em território britânico reconhecido como paraíso fiscal. Além disso, utilizava carteiras de criptomoedas autocustodiadas

Por Portal Aqui Vale
Foto: Reprodução

Em uma operação coordenada pelo Ministério Público de São Paulo, o auditor fiscal Marcelo de Almeida Gouveia foi preso em flagrante no último dia 12 de agosto em seu apartamento na zona sul de São José dos Campos. A ação faz parte da chamada Operação Ícaro, que mira um esquema bilionário de propinas envolvendo fraudes em créditos de ICMS.

O auditor ocultava parte de sua fortuna em território britânico reconhecido como paraíso fiscal. Além disso, utilizava carteiras de criptomoedas autocustodiadas — que exigem senha pessoal e não podem ser bloqueadas judicialmente — para esconder recursos.
No momento da prisão, agentes apreenderam em seu apartamento R$ 330 mil em espécie, US$ 10 mil, 600 euros, além de três celulares, dez pen drives, seis notebooks e um computador.

Sobre o esquema bilionário

Segundo o Ministério Público, Marcelo atuava como braço-direito de Artur Gomes da Silva Neto, auditor fiscal formado pelo ITA, apontado como o “cérebro” do esquema. Artur teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021, manipulando crédito de ICMS em benefício de grandes varejistas, como Ultrafarma (do empresário Sidney Oliveira) e Fast Shop. A operação também cita as redes varejistas Oxxo e Kalunga como potenciais integrantes do esquema.

A empresa Smart Tax Consultoria, registrada em nome da mãe de Artur, foi usada como fachada para lavar os valores. O patrimônio dela saltou de R$ 411 mil para cerca de R$ 2 bilhões em apenas dois anos, sustentado por investimentos em criptomoedas — incluindo 287 bitcoins e 1.774 ethers, que na data da compra somavam R$ 40 milhões e atualmente com R$ 200 milhões.

Além de Marcelo, foram presos também Sidney Oliveira e Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop. Eles devem responder por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Em nota, a Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo informou que iniciou procedimento administrativo para apurar a conduta dos servidores e está colaborando com o Ministério Público via sua corregedoria. A defesa dos envolvidos ainda não se manifestou

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