Após mais de 30 anos presa, maior estelionatária do Brasil deixa Tremembé
Ao longo dos anos, chegou a acumular cerca de 20 processos simultâneos
A detenta Dominique Cristina Scharf, de 65 anos, deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé após cumprir mais de três décadas de prisão. Conhecida como a “maior estelionatária do país”, ela cumpriu 32 anos de uma pena que chegou a somar quase 58 anos, resultado de dezenas de condenações por estelionato, falsificação de documentos, uso de identidades falsas, roubos e até participação em quadrilhas ligadas ao tráfico de armas e clonagem de veículos.
Nascida em São Paulo em 1960, filha de pai americano e mãe alemã, Dominique cresceu em uma família de classe média alta. Ela começou com pequenos furtos passou a aplicar golpes mais elaborados, utilizando documentos falsos e identidades diferentes para enganar comerciantes, bancos e até vítimas em relacionamentos amorosos. Ficou conhecida por golpes que iam desde cheques sem fundo até esquemas milionários, como o chamado “golpe do amor”, em que se envolvia com homens e depois exigia dinheiro para não divulgar fotos íntimas.
Em 2003, foi condenada por tentativa de homicídio após um assalto a um vendedor de joias em São Paulo, embora tenha negado ter ferido a vítima. Ao longo dos anos, chegou a acumular cerca de 20 processos simultâneos, que foram posteriormente unificados, resultando em uma pena de quase 58 anos.
Em liberdade, ela afirmou que pretende recomeçar a vida com uma confecção de roupas de tricô e sonha em reencontrar a família que vive na Austrália.
Tenho uma dúvida como uma pessoa que ficou 30 anos presa, sai da porta da cadeia com um smartphone na cintura? Coisas que vão além da nossa compreensão!