Tarcísio de Freitas afasta delegado que atuava em São José
Agente é acusado de ligação com facção criminosa
O governo Tarcísio de Freitas afastou das funções o delegado da Polícia Civil de São Paulo Alberto Pereira Matheus Junior. O agente é acusado de participação em um grupo de policiais que colaborava com as atividades do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Embora afastado, Alberto Júnior, que foi denunciado pelo Ministério Público por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, vai continuar recebendo o salário de R$ 30,2 mil, de acordo com informação do portal Metrópoles.
O delegado afastado atuava na Delegacia Seccional de São José dos Campos e foi denunciado em outubro por Vinícius Gritzbach, delator do PCC, em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil. Gritzbach foi executado com 10 tiros de fuzil em novembro do ano passado, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Segundo a denúncia apresentada ao MP, o delegado Alberto Junior tinha envolvimento com o também delegado Fábio Baena e com o chefe de investigações Eduardo Lopes Monteiro. Os dois estão presos, acusados de participação na morte de Gritzbach.
O afastamento é o cumprimento de uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que proibiu o delegado de entrar nas delegacias e instalações policiais, a não ser na condição de investigado, além de manter contato com qualquer outro investigado no caso.
Atuação do Alberto Pereira Matheus Junior
Em 1999, o delegado participou da operação que prendeu Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC. Em 2000, Alberto Júnior foi responsável por investigar e indiciar os fundadores e principais lideranças da maior organização criminosa do país por associação criminosa. Em 2015, fez parte de uma operação na qual 11 chefões do PCC foram detidos, em diferentes regiões do estado de São Paulo.
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Foto: Reprodução
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