Vereador pede informações à Polícia Civil sobre criança que sofreu queimaduras em São José

O vereador Thomaz Henrique (PL) encaminhou ofício à Delegacia Seccional de São José dos Campos na terça-feira (18) solicitando informações sobre o caso da criança que sofreu queimaduras de segundo grau nos pés. O caso aconteceu na última terça-feira (11), no CEDIN Santo Antônio de Santana Galvão, no Residencial Flamboyant, região sudeste da cidade.

O parlamentar pede que o delegado Seccional, Armando de Oliveira Costa, faça uma análise sobre a situação perante a possibilidade do caso ser sobre abandono de incapaz e até mesmo lesão corporal sofrida pela criança de um ano e quatro meses.

Na sessão de Câmara realizada na tarde da terça-feira (18), o vereador apresentou um requerimento que pedia informações à prefeitura sobre o caso, mas, de acordo com Thomaz, o requerimento foi adiado por uma manobra dos vereadores da base do prefeito Anderson Farias (PSD).

O caso

A menina teria ido a um pátio que não tem cobertura e queimou os dois pés em um piso emborrachado. A criança foi encaminhada a UPA do Putim, recebeu os primeiros atendimentos e foi liberada. No mesmo dia, a família levou a criança a um hospital particular da cidade. Novos curativos foram feitos. No dia seguinte, a bebê foi atendida na unidade de queimados da Santa Casa de São José.

A bebê está se recuperando em casa e a cada cinco dias tem ido ao hospital para fazer a troca dos curativos. Em função disso, não tem conseguido andar e nem brincar. Segundo a mãe, a menina, que é bem agitada, tem ficado o tempo todo no berço, no colo ou no carrinho.

Paula relata ainda que de acordo com a médica que atendeu sua filha, ela teria ficado bastante tempo no piso quente, dada a proporção das queimaduras.

“A escola disse que a minha filha ficou apenas dois minutos no piso quente. Os responsáveis disseram que não tinha ciência de qual temperatura aquele ambiente poderia alcançar, mas a médica falou que esse tempo foi bem maior devido a gravidade das lesões”, concluiu.

A família solicitou ainda, via protocolo da prefeitura, as imagens do circuito interno da escola que foram negadas. Além disso, a ata da reunião realizada entre a direção da unidade escolar e os pais também foi solicitada, bem como o prontuário de atendimento realizado pela UPA do Putim.

A menina segue afastada da escola até a próxima sexta-feira. Paula Garcia afirma que vai analisar o comportamento dela para saber se tem condições de retornar ou se vai precisar de mais alguns dias de afastamento.

“Ela vai voltar a estudar no CEDIN, pois aqui na região não temos muitas opções de escolas, mas já solicitei à direção a troca de sala”, finalizou.

Foto: Paula Garcia

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