Um mês após ataque de pitbulls, shihtzu Panda se recupera em casa

Há um mês, na manhã do sábado de Carnaval, Luiz Roberto Garcia Tavares Junior, saiu para passear com sua cachorrinha Panda, como faz diariamente. Porém, ao retornarem para casa, a shitzu foi brutalmente atacada por dois pitbulls. Os animais fugiram da casa onde moram que estava com o portão aberto. O caso aconteceu no Jardim Sul, zona sul de São José dos Campos.

A esposa de Júnior, Simone Peres Cosas Tavares, conta que a Panda chegou em casa muito ferida e prontamente foi encaminhada a uma clínica veterinária. “Ela estava toda ensanguentada, com um buraco enorme embaixo do bracinho. Ela recebeu os primeiros socorros e passou por vários exames que constataram uma costela e uma pata quebrada”, declarou.

Simone afirma que foi agoniante ter que esperar em casa por notícias. Dias depois, o quadro de saúde da cachorrinha piorou e ela precisou passar por uma transfusão de sangue. “Ela desenvolveu uma anemia e em seguida evoluiu para uma sepse. Precisou de antibióticos muito fortes e dos cuidados de um hematologista. A Panda correu sério risco de morte”, disse.

Depois de ter o quadro de saúde estabilizado, os veterinários entenderam que seria melhor que a Panda voltasse para casa, assim teria o cuidado da família, o que contribuiria para sua recuperação. “Mesmo com o tratamento em casa, nós precisávamos ir três vezes por dia à clínica para que ela tomasse antibiótico na veia. Ela sofreu bastante, já não tinha lugar nas patinhas para colocar o acesso, foi desolador”.

Passado um mês do ataque, os medicamentos acabaram e as feridas começaram a cicatrizar, mas o tratamento continua. Os curativos da Panda são trocados três vezes ao dia e ela precisa usar uma roupa específica para proteger os ferimentos e evitar novas infecções.

Simone conta que os tutores dos pitbulls não ofereceram nenhum tipo de ajuda. “Eu espero que esses cachorros saiam daqui, embora eles não tenham culpa, precisam de um ambiente apropriado para eles. Se você quer ter um animal de grande porte, precisa ser responsável, deixar o portão trancado e não se descuidar”, completa.

Aos 13 anos, completados em novembro, Panda continua fazendo seus passeios diariamente, mas após o ocorrido, os tutores estão passeando com ela em uma praça com menos movimento, já que o trauma ainda existe. “Ela é muito carinhosa, boazinha, adora passear, cheira tudo que vê pela frente”, finaliza a tutora Simone.

Vale lembrar que o ataque sofrido por Panda não foi o primeiro caso. Em um caso anterior, com os mesmos pitbulls, um outro cachorrinho não teve a mesma sorte que a Panda e acabou morrendo devido aos ferimentos sofridos. Os moradores do bairro pedem, desde então, que alguma providência seja tomada, já que a situação tem se tornado preocupante e perigosa.

Em São José dos Campos, uma lei municipal obriga que animais de grande porte circulem pelas ruas usando focinheiras. O descumprimento da medida prevê uma multa de R$ 10 mil aos tutores.

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Foto: Reprodução