A técnica milenar de mergulhar uvas no mar para produzir vinhos está sendo resgatada por enólogos. O método é uma forma de vinificação que consiste em submeter as uvas ao mar ou a uma salmoura.
O banho de salmoura remove a cera da pele das uvas, o que acelera o seu secamento e apassimento. Esta técnica já foi utilizada na antiguidade, sendo o vinho de uvas submersas da ilha grega de Chios muito famoso e distribuído para a elite de Roma e Marselha.
O enólogo Antonio Arrighi, por exemplo, decidiu fazer um vinho com a mesma técnica na ilha de Elba. Ele plantou a variedade Ansonica e passou a fazer experimentos.
As uvas foram submersas em cestas de vime por cinco dias, 10 metros abaixo da superfície. O mar removeu a flor de cera que se desenvolve nas peles das uvas, o que permitiu secar ao sol mais rapidamente.
A secagem das uvas é uma técnica usada para concentrar açúcares e sabores, mas o tempo de secagem mais rápido ajudou a preservar sabores e aromas frescos.
Após envelhecer em terra por um ano, a safra inaugural de 2018, chamada Nesos, foi lançada com 40 garrafas.
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