Silêncio nos escritórios: especialistas alertam para impacto da rotina de trabalho na saúde mental
Estudo aponta que ambientes tóxicos e instabilidade financeira podem aumentar riscos de ansiedade, depressão e suicídio
O Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, também abre espaço para discussões sobre o impacto do mercado de trabalho na saúde mental. De acordo com a OMS, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a terceira principal causa de morte, e entre trabalhadores de 30 a 49 anos, ocupa a quinta posição.
Especialistas apontam que fatores como desemprego, insegurança no emprego e instabilidade financeira estão entre os principais riscos relacionados a tentativas de suicídio. No ambiente corporativo, jornadas excessivas, cobrança desmedida, ausência de pausas e falta de canais de escuta podem contribuir para o adoecimento silencioso de colaboradores.
Para Raphael Rezende, advogado trabalhista e pesquisador do futuro do trabalho, o tema deve ser encarado também pelas empresas. Segundo ele, medidas como estabelecer limites claros de jornada, promover pausas, treinar lideranças para identificar sinais de esgotamento e criar ambientes psicologicamente seguros podem contribuir para reduzir os riscos.
A campanha Setembro Amarelo reforça que a prevenção depende de diferentes esferas sociais. No mercado de trabalho, a atenção a práticas de bem-estar é apontada como uma das formas de proteção à saúde mental e de redução de danos que podem levar a quadros graves, como ansiedade, depressão e suicídio.
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