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Reajuste da taxa condominial pode chegar a 10% no Vale do Paraíba

Eduardo Rachid é especialista em direito condominial com mais de 20 anos de experiência

Por Marilda Serrano
Foto: Reprodução

Como se não bastassem as contas de IPTU, IPVA e material escolar que pensam no bolso do brasileiro no início do ano, os valores do condomínio podem ter aumento significativo em 2025, podendo chegar a 10% no Vale do Paraíba. A estimativa é do advogado especialista em direito condominial Eduardo Rachid, que tem experiência de mais de 20 anos no assunto. Ele explica que o cálculo do reajuste nos valores do condomínio é feito com base em uma cesta de serviços como luz, água, seguro predial, administradores e jurídico.

“A taxa precisa ser reajustada anualmente porque as contas que o condomínio paga aumentam. Para se ter uma ideia, este ano, a média do repasse para o sistema de prestação de serviço de portaria vai ficar
em torno de 9%. Analisando os demais índices, podemos ter uma alta de 8% a 10%, três vezes mais que a inflação de 4,84%”, afirma o advogado.

Segundo Rachid, a gestão profissional torna-se fundamental diante desse cenário desafiador. A revisão de custos, a eficiência energética e a otimização da folha de pagamento dos funcionários são estratégias que podem auxiliar na contenção de despesas.

“A cota condominial é um rateio de despesas, ou seja, não se arrecada mais do que precisa. Todos os condomínios que recebem muito próximo do que gastam precisam reajustar a cota e cortar despesas. São pequenas ações que podem ajudar bastante, como campanhas de conscientização de uso da água e da luz, por exemplo”, explicou.

Além da redução de custos, a importância das assembleias ordinárias também se destaca. Nestas reuniões, os moradores têm a oportunidade de discutir e decidir sobre os valores e os rumos financeiros do condomínio. A transparência nessas assembleias é crucial para a compreensão e aceitação dos ajustes propostos.

Reajustes na taxa aumentam a inadimplência
Um levantamento divulgado pela uCondo, plataforma de gestão de condomínios, mostrou que a inadimplência da cota vem batendo recordes. A empresa projeta que 2024 deve terminar com 14% dos condôminos inadimplentes, avanço sobre os 10,34% registrados na média de 2023.

Eduardo Rachid enfatiza que esse crescimento no número de
inadimplentes está diretamente relacionado aos reajustes das taxas
condominiais.

“É uma relação direta. O aumento nas taxas condominiais, somado aos desafios econômicos enfrentados pela população, resulta em uma inadimplência cada vez mais expressiva. Isso coloca os condomínios
diante de desafios financeiros consideráveis, comprometendo a capacidade de manter serviços essenciais e realizar melhorias necessárias”, disse o advogado.

A gestão transparente e participativa, de acordo Rachid, é crucial para lidar com esse cenário. A realização de assembleias ordinárias, onde os condôminos podem discutir não apenas os reajustes nas taxas,
mas também estratégias para enfrentar a inadimplência, torna-se uma ferramenta essencial.

“É necessário buscar soluções coletivas. A transparência nas assembleias permite que os moradores compreendam os desafios financeiros do condomínio e participem ativamente na busca por
alternativas viáveis. Diálogo aberto, compreensão mútua e ações conjuntas são fundamentais para reverter esse quadro de inadimplência e garantir a estabilidade financeira dos condomínios”, concluiu Rachid.

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Marilda Serrano

Marilda é a colunista ideal para se manter informado sobre as pessoas e eventos em alta. Com uma rede de contatos perfeita, é ela quem pauta o social da região sem perder nenhuma oportunidade de partilhar o que há de melhor entre a elite joseense. São anos de experiência e agora integrada ao novo portal de notícias, Aqui Vale, promete abalar as estruturas urbanas.

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