Pressão por anistia de Bolsonaro cresce no Congresso durante julgamento do STF
Movimento ganha força com apoio do Centrão e de Tarcísio de Freitas
Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) julga o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, a pressão por uma anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos voltou a ganhar espaço no Congresso Nacional.
Parlamentares do PL, aliados do Centrão e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), articulam nos bastidores um acordo para votar a proposta. Tarcísio, cotado como presidenciável em 2026, chegou a afirmar que, se eleito, concederia anistia a Bolsonaro como seu “primeiro ato” no cargo.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, disse que já existe maioria para avançar com o projeto, que incluiria desde investigados no “inquérito das fake news” até eventuais condenações do ex-presidente. Ele citou o engajamento de Tarcísio e a participação de lideranças religiosas, como o pastor Silas Malafaia, na construção do texto.
A articulação, no entanto, é vista como tentativa de interferência no julgamento pelo PT, que se posicionou contra a pauta. Para o líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias, trata-se de um “equívoco completo” discutir a anistia em paralelo à análise do STF.
Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, pode enfrentar pena superior a 40 anos se condenado por todos os crimes. Ainda assim, uma eventual prisão só ocorreria após a publicação do acórdão e do julgamento de recursos.
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