Presidente do INSS é afastado após operação da Polícia Federal
Investigação apura descontos irregulares em aposentadorias e pensões
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (23) a Operação Sem Desconto, que apura um esquema de descontos indevidos em aposentadorias em pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Segundo a investigação, que teve início e seguiu por toda a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seguiu até o atual governo do presidente Lula (PT), o prejuízo aos beneficiários chega a R$ 6,3 bilhões de reais entre 2019 e 2024.
Com a investigação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo assim como outros seis servidores. A operação foi realizada em 14 estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará e Distrito Federal.
O esquema aplicava descontos em folha sem o consentimento dos beneficiários. Entidades de classe firmavam convênio com o INSS para descontar mensalidades diretamente dos benefícios previdenciários.
Cerca de 80% dos descontos foram feitos por entidades que estão sob investigação. A maioria dos aposentados afetados pelos descontos, afirmam desconhecer a filiação a essas associações e negam ter autorizado os débitos. A maioria das entidades investigadas não prestavam os serviços prometidos, como convênios com academias, consultorias jurídicas e parcerias comerciais.
De acordo com a CGU (Controladoria Geral da União), cabia ao INSS verificar se as entidades cumpriam os requisitos legais para os descontos e se os benefícios oferecidos estavam sendo prestados. A investigação aponta indícios de facilitação por parte de servidores do INSS e operadores das entidades.
A operação de hoje resultou na apreensão de carros de luxos, euro, dólares e bloqueio de bens.
Fique por dentro de todas as notícias em tempo real, entre no nosso grupo de WhatsApp! (Clique Aqui!)
Foto: Reprodução
Deixe um comentário