Polipose nasal: o que é, como identificar e tratar a condição respiratória que afeta milhares de brasileiros

A polipose nasal é uma condição inflamatória crônica que afeta as vias respiratórias e pode causar prejuízos significativos à qualidade de vida. Caracterizada pela formação de pólipos nasais — pequenas massas benignas e esbranquiçadas que se desenvolvem no revestimento do nariz e seios da face — a doença é mais comum do que se imagina é frequentemente confundida com uma simples rinite ou sinusite.

Esses pólipos nascem devido a processos inflamatórios persistentes, geralmente associados a alergias, asma ou rinossinusites crônicas. Eles bloqueiam as vias respiratórias, dificultando a respiração pelo nariz, reduzindo ou eliminando o olfato, além de provocarem secreção constante, sensação de pressão facial e roncos noturnos.

O diagnóstico da polipose nasal é feito, principalmente, por meio de dois exames:
• Endoscopia nasal: procedimento simples e realizado em consultório, em que um endoscópio fino e flexível é introduzido nas narinas para visualizar diretamente os pólipos e demais estruturas nasais.
• Tomografia computadorizada dos seios da face: exame de imagem que permite avaliar a extensão dos pólipos, a obstrução dos seios paranasais e ajuda no planejamento do tratamento, especialmente nos casos mais graves.

Ambos os exames são fundamentais para diferenciar os pólipos de outras alterações nasais, como tumores ou deformidades.

O tratamento da polipose nasal tem como objetivo controlar os sintomas, reduzir a inflamação e remover os pólipos quando necessário. Os principais métodos incluem:
• Medicamentos: o uso de corticosteroides tópicos (sprays nasais) ou sistêmicos (em comprimidos) costuma ser a primeira linha de tratamento para reduzir o tamanho dos pólipos e a inflamação.
• Cirurgia endoscópica nasal: indicada quando os medicamentos não são suficientes. O procedimento remove os pólipos e melhora a ventilação e a drenagem dos seios da face. Porém, como a doença tem caráter crônico, os pólipos podem voltar a se formar.
• Imunobiológicos: em casos mais severos e recorrentes, alguns pacientes podem se beneficiar de novas terapias com medicamentos biológicos, que atuam diretamente nas causas da inflamação crônica.

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