Pesquisa brasileira encontra microplásticos em cordões umbilicais de bebês recém-nascidos
De acordo com estudo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a contaminação começa ainda na barriga
Um estudo inédito realizado em Maceió (AL) encontrou microplásticos em todas as amostras de placenta e cordão umbilical de bebês recém-nascidos. A pesquisa é a primeira do tipo feita na América Latina e a segunda no mundo a comprovar esse tipo de contaminação. Os resultados saíram na última sexta-feira (25), em uma revista científica brasileira.
Os microplásticos são partículas tão pequenas que muitas vezes não conseguimos ver. Por conta do tamanho, podem se espalhar pelo ar, pela água e até chegar aos nossos alimentos . Eles estão presentes em cremes dentais, cosméticos, embalagens, peixes e até na água potável.
Segundo os pesquisadores, 8 em cada 10 bebês tinham mais partículas no cordão umbilical do que na própria placenta, o que mostra que os plásticos estão chegando direto aos organismos em formação.
As análises foram feitas em amostras de dez gestantes atendidas pelo SUS, identificando partículas de polietileno (comum em embalagens) e poliamida (de tecidos sintéticos). Tudo isso usando uma técnica capaz de ver a composição das partículas com precisão.
Conclusões do estudo
O estudo aponta que os microplásticos também podem ser absorvidos por meio do consumo de peixes, frutos do mar e até de água mineral armazenada em galões plásticos expostos ao sol.
Os pesquisadores vão ampliar o estudo para 100 gestantes e investigar se existe relação entre a presença de microplásticos e problemas na gravidez ou no desenvolvimento dos bebês.
Segundo os cientistas, ações individuais não bastam. É preciso regulamentação e responsabilidade das indústrias para mudar esse cenário.
Foto: Divulgação
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