Perícia aponta que cavalo mutilado em Bananal estava vivo durante a agressão
Tutor de 21 anos afirma que o animal já estava morto; investigação aponta o contrário
A perícia da Polícia Civil concluiu que o cavalo mutilado com golpes de facão em Bananal estava vivo no momento da agressão. A informação foi confirmada ao Portal Aqui Vale por uma fonte envolvida na investigação.
O caso ganhou repercussão nacional após a divulgação de um vídeo nas redes sociais e mobilizou famosos como a cantora Ana Castela, o influenciador Gustavo Tubarão e a atriz Paola Oliveira, que pediram justiça pelo animal.
O que aconteceu
O tutor do cavalo, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, é investigado por maus-tratos. Segundo o boletim de ocorrência, ele participava de uma cavalgada na zona rural de Bananal, no último sábado (16), acompanhado de uma testemunha.
A testemunha relatou que o cavalo branco de Andrey ficou exausto, deitou e parou de respirar. Acreditando que o animal havia morrido, Andrey teria dito: “se você tem coração, melhor não olhar”, antes de sacar um facão e cortar uma das patas do animal.
O jovem confirmou à polícia que mutilou o cavalo, mas alegou que o animal já estava morto. O caso foi registrado como ato de abuso contra animais com agravamento pela morte e segue sob investigação. Ninguém foi preso.
Versão da testemunha
O vídeo que viralizou foi gravado por Dalton de Oliveira Rodrigues Vieira, de 28 anos, amigo de Andrey. Ele afirmou em depoimento que não participou do ato e que apenas filmou a cena para enviar ao pai do tutor, acreditando que o cavalo já estivesse morto.
Mãe do agressor se manifesta na rede social
Nas redes sociais, uma mulher que se apresenta como mãe de Andrey defendeu o filho. Em vídeo, ela disse que o jovem tentou socorrer o cavalo, mas que, após a morte do animal, “transtornado e alcoolizado, perdeu a cabeça e cortou a pata”.
Declaração do investigado
Em entrevista à Rede Vanguarda, Andrey afirmou estar arrependido: “Muitas pessoas estão me julgando, achando que eu sou um monstro. Não sou um monstro. Sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi. Estou totalmente arrependido”, disse.
Segundo ele, a mutilação ocorreu em um momento em que estava embriagado: “Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo. Não é culpa da bebida, é culpa minha. Eu reconheço meus erros.”
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