Parque Capivari inaugura a primeira floresta líquida do Brasil capaz de purificar o ar como 200 árvores
Cinco árvores tecnológicas usam microalgas em fotobiorreatores para capturar CO₂, liberar oxigênio e gerar biomassa no coração do Parque Capivari
O Parque Capivari, principal atrativo turístico de Campos do Jordão, inaugurou nesta quarta-feira (09), a primeira Floresta Líquida do Brasil instalada em um parque de diversões. O projeto é inédito no país e reúne ciência, sustentabilidade e experiência turística em um mesmo espaço, com cinco árvores tecnológicas que purificam o ar de forma contínua e silenciosa.
A instalação, composta por cinco Árvores Líquidas de alta tecnologia, é uma proposta inovadora que une conscientização ambiental e ciência para ajudar na purificação do ar e no combate às mudanças climáticas. Juntas, as cinco estruturas têm a capacidade de desempenhar o trabalho equivalente a até 200 árvores convencionais.
“Nosso compromisso com a sustentabilidade é constante e prático. A instalação da Floresta Líquida reforça a intenção do Parque Capivari de ir além do entretenimento e contribuir efetivamente com o meio ambiente, por meio de ações reais e mensuráveis”, afirma Rafael Montenegro, diretor geral do Parque Capivari.
As estruturas simulam o processo de fotossíntese por meio de microalgas cultivadas em fotobiorreatores. Cada árvore é capaz de capturar dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera e liberar oxigênio em tempo real. Segundo dados técnicos, uma única árvore líquida equivale a 150 árvores convencionais em capacidade de captura de carbono.
Além da purificação do ar, o sistema produz biomassa que pode ser utilizada como matéria-prima para biocombustíveis e fertilizantes. A operação é alimentada por energia elétrica ou fotovoltaica, e os dados de desempenho são monitorados em tempo real por sensores integrados.
“Diferente do que se possa imaginar, a Floresta Líquida não tem o objetivo de substituir árvores naturais ou florestas verdes. Pelo contrário: ela surge como uma aliada nessa causa, somando esforços à preservação da natureza e ampliando o debate sobre soluções urbanas e tecnológicas para os desafios ambientais atuais”, esclarece Montenegro.
O projeto se baseia em pesquisas que demonstram que cerca de 54% do oxigênio atmosférico é produzido em ambientes aquáticos, especialmente por organismos como microalgas e fitoplânctons. A tecnologia das árvores líquidas replica esse processo natural de forma controlada e eficiente, utilizando luz artificial com espectro específico e um sistema interno de borbulhamento que realiza a troca gasosa com o ar.
Solução do futuro
A necessidade de soluções sustentáveis no combate ao excesso de carbono é urgente. De acordo com a Agência Internacional de Energia, o CO₂ representa cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa. A concentração atmosférica do gás atingiu 419 partes por milhão em 2023, o maior índice dos últimos 800 mil anos, segundo a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos).
Além da função ecológica, a Floresta Líquida no Parque Capivari será também um espaço de educação ambiental e inspiração para visitantes de todas as idades. “A partir de agosto, a Floresta Líquida também passará a funcionar como sala de aula ao ar livre para estudantes de Campos do Jordão e de toda a região da Serra da Mantiqueira”, finaliza Rafael Montenegro.
A Floresta está integrada ao circuito de visitação do Parque Capivari, com entrada gratuita e programação diária durante a temporada de inverno. A expectativa é que a iniciativa se torne um atrativo permanente e sirva de modelo para outras regiões turísticas do país.
Foto: Divulgação
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