Panetone: descubra como foi criado esse doce natalino que virou tradição mundial
No Brasil, por exemplo, ele se tornou um dos itens mais tradicionais das festas de fim de ano, especialmente após as décadas de 1970 e 1980, quando as grandes empresas começaram a produzi-lo em larga escala
O panetone, com seu característico sabor de frutas cristalizadas e textura leve, é hoje um dos maiores símbolos do Natal em muitos países, mas sua criação tem raízes profundas na tradição italiana, remontando ao período medieval. As lendas e registros históricos sobre sua origem ajudam a entender como o panetone se transformou em uma tradição global.
Acredita-se que o panetone tenha sido criado em Milão, Itália, entre os séculos XV e XVI. Uma das lendas mais famosas sobre sua origem remonta à corte de Ludovico Sforza, também conhecido como Ludovico il Moro, que governava Milão. De acordo com a história, um jovem aprendiz de padeiro chamado Toni teria criado o pão doce acidentalmente, ao tentar salvar um banquete de Natal que deu erro. Ele misturou os poucos ingredientes que restavam na cozinha — farinha, ovos, manteiga, frutas cristalizadas e uvas-passas — e serviu o que hoje conhecemos como panetone. Essa história fez com que o pão fosse chamado de “pan di Toni” (pão do Toni), nome que teria evoluído para “panetone”.
Outra versão aponta que o panetone era um pão especial feito nas padarias de Milão para celebrar o Natal. Diferente do pão comum, o panetone era enriquecido com manteiga e frutas, tornando-o um item mais caro e, portanto, reservado para ocasiões festivas. Alguns registros sugerem que a receita evoluiu ao longo dos anos, passando de um pão mais simples para a versão rica em ingredientes que conhecemos hoje.
Da Itália para o mundo
A popularização do panetone começou no início do século XX, quando Angelo Motta, um padeiro milanês, teve a ideia de tornar o panetone mais leve e macio, moldando-o em um formato alto e cilíndrico. Motta também desenvolveu a técnica de fermentação que deu ao panetone sua textura característica, que passou a ser copiada por outros padeiros. A partir daí, a fama do panetone começou a ultrapassar as fronteiras italianas.
Com a imigração italiana para países como Argentina e Brasil, o panetone foi incorporado à cultura natalina local. No Brasil, por exemplo, ele se tornou um dos itens mais tradicionais das festas de fim de ano, especialmente após as décadas de 1970 e 1980, quando as grandes empresas começaram a produzi-lo em larga escala e a adaptar a receita aos gostos locais, criando versões com chocolate, doce de leite e outros sabores.
Atualmente, o panetone vai muito além da receita tradicional. Em diversos países, as receitas são reinventadas, ganhando recheios variados, como chocolate, creme de pistache e até mesmo sorvete. A criatividade dos padeiros e das indústrias de alimentos trouxe inúmeras opções ao mercado, tornando o panetone um produto que atende diferentes paladares e preferências.
A cada Natal, a história do panetone se reconta, ganhando novos capítulos nas mesas de famílias ao redor do mundo, reforçando sua posição como um dos doces mais amados e aguardados do período festivo.
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