“Ozempic brasileiro”: versões brasileiras de canetas emagrecedoras já estão à venda
Versões brasileiras prometem ampliar o acesso, mas Ministério da Saúde barrou sua entrada no SUS
As canetas emagrecedoras voltaram ao centro do debate público após a decisão do Ministério da Saúde de não incluir os medicamentos no SUS por conta do alto custo. No entanto, o tema ganha um novo capítulo com a chegada das primeiras versões nacionais ao mercado, produzidas pela farmacêutica EMS.
Entre os lançamentos estão o Olire, indicado para o tratamento da obesidade, e o Lirux, voltado ao controle do diabetes tipo 2.
Ambos têm como princípio ativo a liraglutida, substância que atua na regulação do apetite e já é utilizada em terapias internacionais, como o Saxenda. Os preços partem de R$ 307, valor até 20% inferior ao de marcas importadas.
A produção nacional marca a entrada do Brasil no mercado global de análogos de GLP-1, medicamentos que ganharam popularidade mundial sob nomes como Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
Segundo a EMS, a expectativa é disponibilizar mais de 500 mil unidades no país em um ano, além de lançar versões de semaglutida em 2026.
Atualmente, a legislação exige receita médica retida para a compra, em tentativa de frear o uso indiscriminado. Ainda assim, entidades médicas defendem mais clareza na regulação e alertam para os riscos de consumo apenas por fins estéticos.
Com a decisão da Conitec de manter os medicamentos fora do SUS, as canetas seguem disponíveis apenas na rede privada. O avanço da produção nacional, no entanto, pode intensificar a discussão sobre o acesso a esses tratamentos no sistema público de saúde.
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