Mulheres que inspiram: Sônia Guimarães é a primeira brasileira negra doutora em física e professora do ITA
Celebrado no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher não é apenas uma comemoração trivial para dar flores e presentes, mas é um…
Celebrado no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher não é apenas uma comemoração trivial para dar flores e presentes, mas é um marco das conquistas das mulheres que lutaram, e ainda lutam por direitos e igualdade.
Como é o caso da Professora Doutora Sônia Guimarães, primeira mulher negra brasileira a ser PhD em física e a primeira mulher negra a lecionar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos.
Sônia, quando pequena, sempre gostou das matérias de exatas e línguas estrangeiras, pois tem facilidade para aprender outros idiomas. O gosto de estudar fez com que ela almejasse cursar Engenharia Civil, porém não passou no vestibular, mas entrou no curso de física.
Após se formar em licenciatura, fez mestrado em física aplicada na USP e doutorado em materiais eletrônicos na Inglaterra. Recebendo o título de PhD em física pela Universidade de Manchester, no Reino Unido.
Em 1993, entrou para o ITA como professora em uma época onde a instituição não aceitava mulheres entre seus alunos. Lecionando até hoje em uma das instituições mais respeitadas do Brasil e com os vestibulares mais difíceis, o ITA, ainda é um ambiente majoritariamente masculino. Na terceira fase do vestibular deste ano de 2023, dos 150 candidatos aprovados, apenas nove foram mulheres.
Sônia é especialista em física aplicada, com pesquisas sobre semicondutores e desenvolvimento de sensores de calor. Mulher na ciência, foi pioneira ao descobrir a técnica de produção sensores de radiação infravermelha para cabeça de mísseis.
Também é ativista na luta contra o racismo e discriminação de gênero. É conselheira fundadora da organização Afrobras, mantenedora da Universidade Zumbi dos Palmares, membra da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), uma das fundadoras da organização Avanço do Brasil Negro (ABN), mentora de projetos como Cientistas do Alto Sertão, Futuras Cientistas, Afrominas, Investiga Menina e Pesquisa para Elas.
Exemplo de mulher na ciência e na educação brasileira, Sônia é ativista na luta contra o racismo e discriminação de gênero. Está a frente de comissões e projetos que tratam sobre a inclusão de negros na ciência e no meio acadêmico.
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