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Moradores reclamam de descarte de produtos químicos em córrego de São José

Moradores do Jardim Por do Sol e Jardim Limoeiro, na zona oeste de São José dos Campos, reclamam de mau cheiro no Córrego da Ressaca, que passa pelos bairros. De acordo com eles, o problema acontece desde 2014 e empresas da região estariam despejando produtos químicos no local.

Segundo os moradores, eles se mobilizaram e procuraram a Prefeitura, a Sabesp e a Cetesb para discutir o problema.

“O córrego muda de cor constantemente e o cheiro de solvente é insuportável. É um cheiro que dá coriza, dor de cabeça, náusea e coceira no corpo. No Jardim Por do Sol é mais intenso. A partir de março de 2023 a situação está piorando. Passou das 18h a gente tem que fechar as portas, janelas e até os ralos porque o cheiro é muito intenso, parecido com tíner”, afirma a moradora.

A moradora que tem os protocolos das reclamações também afirma que não há mais animais silvestres na região do córrego. “Tatu, paca, peixe, cobra e sapo que existiam antigamente não tem mais nada”.

O que diz a Sabesp

A Sabesp informa que está investigando possível despejo de produto químico, de forma irregular, na rede da Companhia. A Sabesp está em contato com a Cetesb para tentar solucionar o problema de forma definitiva e destaca que o descarte industrial de produtos sem tratamento na rede de esgoto não é permitido, conforme decreto estadual, 8.468, de setembro de 1976, artigo 19, e pode causar danos como obstrução de rede, mau cheiro e transbordamento.

A Companhia é responsável pela coleta, afastamento e tratamento de esgoto doméstico, portanto, os efluentes de qualquer fonte poluidora, quando lançados nas redes, devem estar enquadrados aos critérios estabelecidos pelo decreto, para evitar prejuízos à população e ao Meio Ambiente.

O que diz a Cetesb

Os técnicos da CETESB inspecionaram o local e constataram alterações na cor e odor da água do referido curso d´água, bem como lançamentos irregulares de efluentes líquidos, com características domésticas e industriais. 

Diante disso, a CETESB acionou a SABESP para auxiliar na identificação da tubulação, pela qual estão sendo lançados os efluentes líquidos de forma irregular. 

A CETESB continuará seus trabalhos de fiscalização e controle. Sendo identificados os responsáveis pelo lançamento irregular, aplicará as sanções legais cabíveis, conforme legislações vigentes.

O Portal Aqui Vale entrou em contato com a Prefeitura de São José. Até o momento da publicação desta matéria não houve um retorno.

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