Mesmo com nova ampliação, SUS realiza apenas 10% de cirurgias bariátricas
No mês de maio, o CFM atualizou as regras para a realização da cirurgia bariátrica
Com o aumento alarmante dos índices de obesidade no Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) realizou a ampliação dos critérios para cirurgia bariátrica no Brasil, porém contrasta com a limitada capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos quatros anos, o número de cirurgias bariátricas realizadas no Brasil aumentou 42%, porém 90% foram feitas por planos de saúde ou particulares. Apesar da crescente demanda, apenas 10% dos procedimentos foram realizados pelo SUS.
No mês de maio, o CFM atualizou as regras para a realização da cirurgia bariátrica, permitindo que pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35 kg/m², desde que apresentem comorbidades como diabetes tipo 2 ou hipertensão arterial, possam ser considerados para o procedimento. Anteriormente, a cirurgia era indicada apenas para indivíduos com IMC acima de 40 kg/m² ou acima de 35 kg/m² com doenças associadas. A mudança visa oferecer uma intervenção precoce, prevenindo complicações graves relacionadas à obesidade.
Apesar da ampliação dos critérios, o número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS permanece baixo. Em 2023, apenas 7.511 procedimentos foram realizados, representando cerca de 0,2% dos brasileiros com indicação para a cirurgia. Esse número é 40,2% menor em comparação a 2019, quando foram realizadas 12.568 cirurgias pelo SUS.
A longa espera pela cirurgia bariátrica tem consequências graves para a saúde dos pacientes. Estudos indicam que a cada mil pacientes que aguardam o procedimento, cinco morrem por ano de espera. Além disso, a demora aumenta os custos para o sistema público de saúde, com estimativas de gastos adicionais de até R$ 2,3 bilhões anuais devido a complicações da obesidade não tratada.
não só nas cirurgias bariatricas, mas como num todo, eu fiz uma tomografia da visão em julho de 2024, perdi o exame por falta do retorno. vou começar do zero de novo, e em média vai 2 anos novamente.