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Meningite meningocócica: Como proteger as crianças? Prevenção e atenção aos sintomas são fundamentais

Em 2025, na cidade de São José dos Campos, de acordo com dados do Painel Epidemiológico, do Ministério da Saúde, já foram confirmados 2 casos de doença meningocócica (1)

Por Portal Aqui Vale
Foto: Reprodução

A pedagoga Raquel, de 36 anos, que vive em São José dos Campos, é mãe de três crianças entre 5 e 15 anos e sempre se mostrou muito atenta à saúde delas, principalmente, quando o assunto é prevenção. Essa preocupação não vem apenas da responsabilidade de mãe, mas também de uma experiência pessoal marcante.*

Na adolescência, ela confundiu os primeiros sintomas da meningite meningocócica com o de alguma outra doença menos grave e deixou de buscar ajuda médica imediatamente, acreditando que eles passariam de forma breve, mas o quadro evoluiu rapidamente e ela precisou de cuidados intensivos.*

Felizmente, Raquel sobreviveu sem sequelas e hoje compartilha sua história como um alerta sobre os perigos da doença, a necessidade de atenção aos sintomas e a importância da prevenção e vacinação orientada pelo médico.*

Em 2025, na cidade de São José dos Campos, de acordo com dados do Painel Epidemiológico, do Ministério da Saúde, já foram confirmados 2 casos de doença meningocócica.(1) Isso reforça a necessidade de conscientização, especialmente entre responsáveis por crianças em idade escolar.

O que é a meningite e como é transmitida?

A meningite é uma doença grave que pode afetar qualquer pessoa, ela é caracterizada pela inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. (2-4)

A doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, sendo que a meningite bacteriana, especialmente a causada pela bactéria Neisseria meningitidis, também chamada de meningococo, é considerada a forma mais grave e pode levar a complicações severas, como perda da audição, convulsões, fraqueza dos braços e pernas, dificuldades de visão e de fala, perda de memória, cicatrizes, amputação de membros, além de evolução para sepse, e, em casos extremos, podendo resultar em óbito. (2-4)

A transmissão da meningite meningocócica acontece, de forma geral, de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva, secreções nasais ou da garganta, especialmente em ambientes fechados, como a sala de aula das escolas. (2-4)

Estima-se que cerca de 23% dos adolescentes e jovens adultos sejam portadores assintomáticos da bactéria e a transmitam sem saber. (5)

Quais são os sintomas da meningite meningocócica?
Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos e, em muitos casos, rigidez no pescoço, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade de encostar o queixo no peito. Nas crianças pequenas, pode haver irritabilidade excessiva, choro constante e até abaulamento da moleira, além de manchas arroxeadas na pele, conhecidas como petéquias. (2-4)

É importante ficar atento a esses sinais e procurar ajuda médica imediatamente.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da meningite?
O diagnóstico da meningite meningocócica é feito por meio de exames clínicos e, principalmente, pela análise do líquido cefalorraquidiano (líquor), que é retirado com uma agulha, na região da coluna vertebral. O tratamento deve ser iniciado imediatamente, com antibióticos em ambiente hospitalar. (2-4)

“Diagnóstico e tratamento imediatos são essenciais para o melhor combate à doença, aumentando as chances de sobrevivência e redução de sequelas no paciente”, afirma Ana Medina (CRF-RJ 24671), farmacêutica, imunologista e gerente médica de vacinas da GSK.

Como prevenir a meningite meningocócica?
A melhor forma de prevenção é por meio da vacinação. (2-4) O Ministério da Saúde (MS) dispõe de um calendário vacinal e sob a orientação médica, os responsáveis pelas crianças devem garantir que eles sejam imunizados, sem esperar que casos aconteçam para buscar a prevenção, (2-4).

Atualmente, existem vacinas diferentes para a prevenção de cinco sorogrupos da doença: A, B, C, W e Y. (2-4)

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), do MS, oferece gratuitamente a vacina meningocócica C para crianças de 3, 5 e 12 meses e a vacina meningocócica ACWY em dose de reforço ou dose única para adolescentes entre 11 e 14 anos. Ambas também estão disponíveis para outras idades na rede particular. (6-8)

As sociedades médicas recomendam ainda a vacina meningocócica B e a vacina meningocócica ACWY, disponível na rede particular, para todas as crianças, com esquema aos 3, 5 e 12 meses de vida. Para a vacina ACWY, as sociedades recomendam duas doses de reforço até a adolescência. (6-8)

Para a vacina meningocócica B, as sociedades médicas recomendam duas doses para adolescentes não vacinados. (6-8)
“É muito importante que os pais e demais responsáveis estejam atentos para que o calendário vacinal de suas crianças esteja sempre em dia. A escola também deve ser uma aliada na disseminação de informações confiáveis sobre a prevenção de doenças para toda a comunidade que a frequenta”, ressalta Ana Medina.

Mesmo com a vacinação, também é fundamental manter bons hábitos de higiene, como lavar as mãos regularmente, cobrir o nariz e boca ao espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, evitar o contato com pessoas doentes e ambientes contaminados. (9)

Por que a vacinação é tão importante?
A vacinação é a forma mais eficaz de proteger as crianças contra a meningite meningocócica. Como vimos na história de Raquel, a doença pode evoluir rapidamente para um quadro grave. Manter as vacinas em dia pode evitar complicações sérias e salvar vidas. (2-4,6-8)

*É importante notar que sintomas e experiências podem variar e este relato pode não ser representativo para todos.

Referências:
1. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Meningite. Situação epidemiológica. Painel epidemiológico. Pesquisa por “São José dos Campos” em Região/UF/Município, “2023 e 2024” para Período e “Todos” para os demais campos. Disponível em: <https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiODBkZTAyNDUtOTNhYi00NjQ2LWJmMjEtMjUwMDMxNDQzMzI5IiwidCI6IjlhNTU0YWQzLWI1MmItNDg2Mi1hMzZmLTg0ZDg5MWU1YzcwNSJ9> Acesso em: Abril/2025.

2. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Newsroom. Fact Sheets. Details. Meningitis. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningitis. Acesso em: Abril/2025;

3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/meningite. Acesso em: Abril/2025;

4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Doenças. Meningite meningocócica. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/meningite-meningococica> Acesso em: Abril/2025;

5. CHRISTENSEN, H. et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis, 10(12): 853-61, 2010.

6. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2024/2025 (atualizado em 27/03/2024). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100-2024-2025.pdf> Acesso em: Abril/2025;

7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2024/2025. Disponível em: . Acesso em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/24727d-DC_Calendario_Vacinacao_-_Atualizacao_2024.pdf>. Acesso Abril/2025;

8. BRASIL. Ministério da Saúde. INSTRUÇÃO NORMATIVA DO CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO 2024. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/instrucao-normativa-calendario-nacional-de-vacinacao-2024.pdf>. Acesso em: Abril/2025;

9. BRASIL. Ministério da Saúde. PREVENÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS RESPIRATÓRIAS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/prevencao_doencas_infecciosas_respiratorias.pdf.> Acesso em: Abril/2025;

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte seu médico. NP-BR-GVU-BRF250012 – Maio/2025

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