Mar da Galileia “sangra” e assusta moradores
Fenômeno natural deixou a água com tom vermelho-sangue e gerou interpretações religiosas e apocalípticas
O famoso Mar da Galileia, em Israel, amanheceu no dia 8 de agosto tingido de vermelho-sangue, surpreendendo moradores e turistas e viralizando nas redes sociais. A cena impressionante rendeu comparações com a primeira praga do Egito, descrita no Livro do Êxodo, e alimentou interpretações religiosas e apocalípticas.
Fotos e vídeos se espalharam rapidamente, acompanhados de comentários que iam do humor ao alerta. Para muitos, a imagem parecia um “sinal divino” em um dos lugares mais simbólicos do cristianismo, cenário de milagres atribuídos a Jesus, como andar sobre as águas e multiplicar pães e peixes.
A explicação científica por trás da cor
Apesar do impacto visual, o fenômeno é natural e não representa risco à saúde, segundo o Ministério da Água de Israel. A coloração foi provocada pela microalga Botryococcus braunii, que, sob forte radiação solar, temperaturas elevadas e excesso de nutrientes, produz um pigmento avermelhado.
Essa espécie é encontrada em diversas regiões do mundo e já foi estudada pelo potencial de gerar hidrocarbonetos semelhantes ao petróleo bruto, com uso em biocombustíveis. No Mar da Galileia, ela tende a aparecer em maior quantidade nos períodos mais quentes do ano, quando a atividade turística também aumenta.
Testes do Laboratório de Pesquisa Kinneret confirmaram que a água segue própria para banho e consumo, e que o pigmento não é tóxico. As autoridades esperam que a cor desapareça naturalmente com a mudança das condições ambientais, mas continuam monitorando o lago, essencial para o abastecimento, pesca e turismo na região.
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