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Mais de 680 quilos de lixo foram retirados das praias do Litoral Norte em apenas dois meses

A maior quantidade de lixo foi registrada na cidade de Ubatuba, com um total de 346,6 kg. Nos meses de maio e junho deste ano,…

Por Portal Aqui Vale

A maior quantidade de lixo foi registrada na cidade de Ubatuba, com um total de 346,6 kg.

Nos meses de maio e junho deste ano, um total de 685,3 kg de resíduos foram retirados das praias da região do Litoral Norte, de acordo com informações contidas nas últimas edições do Boletim do Lixo (55ª e 56ª). A retirada do lixo foi realizada pelas equipes do Instituto Argonauta, que aproveitaram os esforços de monitoramento da fauna marinha.

A ação de monitoramento abrangeu um total de 130 praias da região, sendo 56 em Ubatuba, 15 em Caraguatatuba, 31 em São Sebastião e 28 em Ilhabela. Durante o processo, a equipe observa toda a faixa de areia, registra fotograficamente a situação do local e classifica de acordo com a metodologia proposta. São utilizadas quatro categorias: ausente, quando não há evidência de lixo; traço, predominantemente ausente, mas com a presença de alguns itens espalhados; inaceitável, amplamente distribuído com algumas acumulações de lixo; e caótico, pesadamente contaminado com várias acumulações de resíduos.

No mês de maio, a maior quantidade de lixo foi registrada na cidade de Ubatuba, com um total de 346,6 kg. Em seguida, Caraguatatuba (93,6 kg), São Sebastião (51,5 kg) e Ilhabela (26,8 kg). Entre as 77 praias que continham alguma evidência de lixo, 59,2% foram classificadas como “traço” e 40,8% como “ausente”. Já em junho, o município de Ubatuba registrou o maior volume de lixo, com 61,6 kg, seguido por Caraguatatuba (61,2 kg), Ilhabela (28,5 kg) e São Sebastião (15,5 kg).

O Instituto Argonauta tem atuado na coleta, triagem e análise diária dos lixos encontrados nas praias do Litoral Norte paulista desde 2016. O resíduo mais comum encontrado nas praias é o plástico, responsável por 72% do total coletado, seguido por bitucas, petrechos de pesca, entre outros. O plástico descartável, especialmente, tem sido uma das principais causas de mortalidade de animais marinhos na região.

O Aquário de Ubatuba, o Instituto Argonauta e o Projeto Tamar foram as primeiras instituições a trabalhar na problemática do lixo marinho no Brasil e no Litoral Norte. Há 23 anos, o Instituto Argonauta atua em parceria com o Aquário de Ubatuba através da sensibilização e conscientização em relação aos resíduos sólidos no ambiente marinho. O Boletim Mensal sobre o lixo é uma iniciativa que surgiu em 2018, inspirada no boletim da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) sobre a balneabilidade das praias, com o objetivo de informar a população sobre a contaminação por resíduos sólidos de origem humana nas praias da região do litoral norte.

Sobre o Instituto Argonauta

O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba @aquariodeubatubaoficial_ e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, entre outras atividades. O Instituto Argonauta também é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

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