Mais de 40 mil romeiros devem passar pela Dutra em 2025
Entre as medidas de proteção indicadas estão o uso de coletes e faixas refletivas, que aumentam a visibilidade do pedestre
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) estima que mais de 40 mil romeiros utilizem a rodovia Presidente Dutra até 12 de outubro, durante a Festa da Padroeira de Aparecida. O número é superior ao registrado no ano passado e reforça a necessidade de atenção redobrada para a segurança de pedestres e motoristas.
De acordo com Diogo Figueiredo, gerente de segurança viária pleno do CEPA Mobility, fatores como velocidade elevada dos veículos, acostamentos estreitos, chuva, neblina e trechos em obras aumentam os riscos de acidentes. “Em algumas condições, o romeiro praticamente desaparece do campo de visão do motorista”, explica.
O especialista também aponta que a fadiga das longas caminhadas e a distração, como o uso de celular, contribuem para a vulnerabilidade dos peregrinos. Trechos com curvas fechadas, acessos a postos e áreas comerciais estão entre os pontos considerados mais críticos.
Entre as medidas de proteção indicadas estão o uso de coletes e faixas refletivas, que aumentam a visibilidade do pedestre, especialmente à noite. Órgãos como PRF e concessionárias recomendam fortemente esses equipamentos.
Outra alternativa é optar por trajetos menos movimentados, como a Rota da Luz, reconhecida pelo Santuário Nacional. A via conta com pontos oficiais de descanso, alimentação e reforço policial, reduzindo a exposição dos fiéis em relação à Dutra.
O comportamento dos motoristas também é apontado como decisivo. A recomendação é reduzir a velocidade, manter os faróis acesos mesmo durante o dia e respeitar a distância lateral ao ultrapassar grupos de peregrinos.
Para apoiar a jornada, a concessionária da Dutra, em parceria com outras instituições, prepara pontos de apoio em locais estratégicos, oferecendo kits de segurança, hidratação e informações sobre rotas alternativas.
Segundo Figueiredo, a segurança deve ser entendida como uma responsabilidade compartilhada. “A fé leva milhares de pessoas às estradas, mas é fundamental que todos — peregrinos, motoristas, concessionárias e órgãos públicos — contribuam para que o trajeto até Aparecida seja o mais seguro possível.”
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