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Maioria da “Bancada Evangélica” livra Anderson de cassação por nomear amante, nora e amigo do filho

A chamada Bancada Evangélica da Câmara Municipal de São José dos Campos teve papel decisivo para barrar o processo de cassação do prefeito Anderson Farias (PSD), acusado de nomear a amante, a nora e o amigo do filho em cargos comissionados na Prefeitura.

Na sessão desta quinta-feira (6), os vereadores rejeitaram, por maioria, a abertura de uma Comissão Processante que poderia levar à cassação do chefe do Executivo.

Dos 21 vereadores, apenas oito votaram pela sequência da investigação: Anderson Senna, Roberto Chagas, Sérgio Camargo, Carlos Abranches, Juliana Fraga, Thomaz Henrique, Amélia Naomi e Fernando Petiti.

Os 12 parlamentares que votaram pelo arquivamento foram: Claudio Apolinário, Fabião Zagueiro, Sidney Campos, Marcelo Garcia, Gilson Campos, Rafael Pascucci, Marcão da Academia, Renato Santiago, Lino Bispo, Zé Luís, Roberto do Eleven e Milton Vieira Filho. O vereador Rogério da Acasem não esteve presente na sessão.

Fazem parte da Frente Parlamentar Evangélica de São José dos Campos Claudio Apolinário, Marcelo Garcia, Milton Vieira Filho, Renato Santiago, Rogério da Acasem e Anderson Senna — de todos, apenas Senna e Rogério votaram a favor da instauração da investigação no Poder Legislativo.

As denúncias

O pedido de cassação foi motivado por duas denúncias apresentadas à Câmara Municipal na mesma semana.

A primeira denúncia, protocolada por Paula Rosângela Custódio, conhecida como Paula Conservadora, do PL Mulher, citava a nomeação de Júlia Lângneck, nora do prefeito, na Urbam, e de Guilherme Zamboni Benato, amigo do filho do prefeito, na Controladoria-Geral do Município. Segundo o documento, as nomeações configurariam o uso da estrutura administrativa para beneficiar pessoas próximas à família do prefeito.

A segunda, assinada pelo advogado Hilton Cardoso dos Santos, questionava a nomeação de Milena Coelho como diretora de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde. Milena tornou público o relacionamento amoroso com o prefeito em agosto, mas havia sido nomeada em janeiro. Após a revelação do caso, ela pediu exoneração em outubro. A denúncia apontava que a nomeação violava princípios da moralidade e impessoalidade na administração pública.

Até o momento, o prefeito não se manifestou oficialmente sobre o resultado da votação.

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