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Lula chega à China, quais são as expectativas para o futuro?

Lula (PT) e comitiva chegam à China na tarde desta quarta-feira (12) para reuniões em busca de acordos e reestabelecer parcerias com o país asiático.…

Por Portal Aqui Vale

Lula (PT) e comitiva chegam à China na tarde desta quarta-feira (12) para reuniões em busca de acordos e reestabelecer parcerias com o país asiático. A expectativa é fechar 20 acordos com o parceiro comercial número um brasileiro. Xi Jinping se encontrará com Lula na sexta-feira (14).

A China é o país que mais consome produtos feitos no Brasil. Segundo especialistas, além do comércio, a atual política externa brasileira busca por uma equidistância das grandes potências mundiais, EUA (Estados Unidos da América) e China.

Guerra entre Rússia e Ucrânia, comércio entre Brasil e China, possibilidade de transferência de tecnologia e meio ambiente serão temas abordados na terceira viagem em 100 dias do governo Lula.

A chegada de Lula à China é vista com bons olhos pela mídia chinesa, a jornalista Danna Xu, do CMG (China Media Group) disse que o país trata como uma “visita de um velho e grande amigo”. “Para o povo chinês, o presidente Lula é um grande e velho amigo. A relação bilateral entre China e Brasil tem crescido exponencialmente. Há 14 anos consecutivos, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Tanto o país asiático como o povo chinês têm grande expectativa e honra em receber Lula. As duas potências emergentes vão se aproximar novamente”.

A busca do governo Lula pela reaproximação nas tratativas com a China se devem graças a discursos antichinês na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Ministério das Relações Exteriores. O ex-embaixador Rubens Ricupero avaliou a viagem de Lula. “É uma visita de grande significado e completa aquele programa diplomático que o Lula havia anunciado logo no início do governo. Tudo isso compõe o quadro de restabelecimento das relações e a saída do isolamento que foi a característica do governo Bolsonaro, um reflexo da posição de pária que o Brasil assumiu nos assuntos internacionais. A ida do Lula é, de certa forma, como um pedido de desculpas”. Durante a pandemia, Bolsonaro afirmou que o Brasil não compraria vacinas chinesas.

Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, foi um dos principais a antagonizar os chineses. Em ao menos duas oportunidades Eduardo atacou o país asiático quando disse em março de 2020 que a culpa pela pandemia era da China e que apoiava uma aliança global para um 5G “sem espionagem da China”. Em resposta, os chineses afirmaram que as falas poderiam resultar em ruínas na relação Brasil-China.

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