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Luis Namura aponta os caminhos a serem percorridos para o desenvolvimento da Educação no Brazil Summit 

Para o especialista, professores precisam ser formados em metodologias emergentes para a educação, de forma que os alunos estejam no centro do processo de ensino-aprendizagem.

Por Portal Aqui Vale

Ao lado de mais de 30 palestrantes e moderadores, o CEO do grupo Vitae Brasil, Luis Namura, foi um dos destaques da terceira edição do Brazil Summit, promovido pelo jornal Financial Times, no último dia 15 de maio, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Este ano o tema central do evento foi “Construindo uma Economia Resiliente e Sustentável”. Namura integrou o painel “Impulsionando o investimento em infraestrutura social local”, juntamente com outras
lideranças governamentais e empresários. As discussões estiveram voltadas principalmente para os investimentos e cuidados em Educação e Saúde.

Namura fez um panorama da Educação tradicional no Brasil e como deve ser atualmente, destacando pontos a serem melhorados:

“A forma como os professores educavam as crianças consistia em transmissão de conhecimento para os alunos, e ao final de um determinado período, os estudantes eram avaliados. Então, era uma
educação baseada em aquisição de conhecimento para respostas, certo?


Sendo assim, eles pensavam que precisavam dar a resposta que o professor queria para ter notas nas provas. Atualmente, a educação contemporânea reflete uma nova realidade. Anteriormente, o educador
estava no centro do processo trazendo informações a todo momento, agora seu papel foi reconfigurado.  É preciso colocar o estudante como protagonista, porque ele tem as respostas oriundas de diversos meios, como a Inteligência Artificial, por exemplo, onde pode consultar algo
na ferramenta e todo o conhecimento humano produzido está lá, à disposição, em apenas um clique.

Então, precisamos de alunos capazes de fazer boas perguntas onde o professor medie esse processo autônomo e incentive e oriente o discernimento necessário para analisar os conteúdos recebidos. Creio que o principal problema da qualidade da Educação no Brasil é a metodologia e não só o dinheiro. Os dirigentes de ensino precisam conhecer metodologias emergentes que são amplamente usadas em outros países e que comprovadamente estão funcionando. Se pudermos compartilhar essas experiências com nossos educadores, podemos levar a educação brasileira a outro patamar”, explicou.

Ao ser questionado pelo moderador do debate sobre as falhas e deficiências na Educação do Brasil, Namura argumentou:

“Eu acho que o principal problema é a educação nos primeiros anos. Precisamos, como eu disse anteriormente, de novas metodologias porque o mundo mudou muito e, se as novas tecnologias não participarem ativamente da Educação, será difícil para o Brasil se desenvolver. Os professores não estão sendo formados para lidar com esse tipo de criança que vai para a escola com conhecimentos já adquiridos em diversos meios como a  internet. Eu ousaria dizer que o velho professor está “morto”.

Precisamos de um novo modelo de profissional que coloque os alunos no centro do processo de ensino-aprendizagem, já que ele é um protagonista dos seus conhecimentos acadêmicos. Se
fizermos esse tipo de coisa com as novas metodologias e tecnologias educacionais, podemos desenvolver o ambiente nas escolas. Sinto que, no Brasil, a maioria dos professores ou são resistentes às mudanças, ou têm dificuldades para aceitar esse novo cenário mundial. Então, é preciso investir em formação para desenvolver essa nova mentalidade.


Precisamos mudar a visão dos professores para que possam receber as novidades e a educação possa avançar”, pontuou o executivo.

Para finalizar o debate, Namura destacou como a Inteligência Artificial pode ser uma importante aliada nos ambientes escolares:

“A IA pode dar muitas oportunidades de mudar o currículo de como os professores ensinam na sala de aula, como dar-lhes a oportunidade de fazer o que é, de fato, importante na Educação, que é promover os alunos e dar a eles todas as ferramentas necessárias que precisam para desenvolver seus potenciais. Hoje, os professores gastam 20% do tempo com atividades administrativas, sendo que poderiam aproveitar os 50 minutos na sala de aula mediando novos conhecimentos. Nesse sentido, a
Inteligência Artificial pode ajudá-lo no aumento da produtividade”, concluiu.

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