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Lucas Lucco anuncia pausa na carreira para tratar Transtorno Afetivo Bipolar, psiquiatra explica doença

O cantor Lucas Lucco anunciou, nesta quinta-feira (7), através das redes sociais, que faria uma pausa na carreira para cuidar de sua saúde mental. Ele…

Por Portal Aqui Vale

O cantor Lucas Lucco anunciou, nesta quinta-feira (7), através das redes sociais, que faria uma pausa na carreira para cuidar de sua saúde mental. Ele revelou que sofre de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) e que decidiu fazer esta pausa pois as crises aumentaram ao longo do ano.

“Nesse ano de 2023, tive que soltar nota duas vezes para justificar o adiamento e cancelamento de alguns shows, remanejando e lutando com a agenda por conta de vários e vários compromissos que as empresas que têm hoje me demandam. Tive inúmeras crises durante o ano, mas, no dia 7 de novembro, ficou muito intenso […] “De lá pra cá, fiquei sem sintomas durante somente três dias desses 30. Já estava fazendo um tipo de tratamento e agora resolvi buscar um profissional especializado que, no meu caso, mudou totalmente a abordagem para me ajudar na estabilização.”, disse o cantor.

De acordo com a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos), 140 milhões de pessoas no mundo tem o Transtorno Afetivo Bipolar e os sintomas aparecem geralmente antes dos 30 anos.

O médico psiquiatra Galiano Brazuna explica o que é o Transtorno Afetivo Bipolar:

R: É uma alteração do estado emocional de uma pessoa que se caracteriza por extremos emocionais, onde se alteram períodos de euforia intensa, conhecida como mania, e a profunda tristeza, que chamamos de depressão.

Os sintomas, que chamamos de mania, variam entre os indivíduos, mas geralmente incluem uma mistura de euforia ou humor excessivamente elevado, como sentimentos intensos de felicidade, entusiasmo ou irritabilidade sem uma causa clara; pode vir acompanhado de um aumento de energia, que se reflete na vontade de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Na fase de mania, a pessoa fala mais rápido do que o normal, muda rapidamente de assunto ou tem dificuldade em ser interrompida.

Além disso, pode incluir autoestima inflada ou ideias de grandiosidade, com percepções irrealistas da própria capacidade ou poder.

Comportamento imprudente, como tomar decisões impulsivas sem considerar as consequências; comportamento agressivo ou combativo pode ocorrer também.

No entanto, nem todos os pacientes com transtorno bipolar podem apresentar o quadro acima, mas podem apresentar um quadro de euforia mais brando que chamamos de hipomania.

Assim, existem dois tipos principais de TAB: o Bipolar I, com episódios maníacos plenos que podem ser severos e disruptivos, e o Bipolar II, caracterizado por episódios hipomaníacos menos intensos, mas frequentemente acompanhados de períodos depressivos graves.

A pessoa oscila entre essas fases de euforia e outros períodos de depressão. Na depressão a pessoa é acometida por sentimentos de tristeza na maior parte do tempo, vazio, falta de energia e de prazer para a vida. Pessoas com TAB podem passar a maior parte do tempo nessa fase depressiva.

Entender o TAB como uma condição médica séria, e não apenas como uma simples flutuação de humor, é vital para a empatia e apoio às pessoas que convivem com este transtorno.

Como ele afeta a vida das pessoas?

R: O TAB pode afetar profundamente a vida de uma pessoa, influenciando suas relações pessoais, desempenho no trabalho e qualidade de vida geral. Durante os episódios maníacos, com o aumento de energia e euforia, mas também da impulsividade e tomadas de decisões arriscadas, podem ocorrer prejuízos financeiros e dificuldades nas relações. Na fase depressiva, com a tristeza, e desesperança, ocorre o isolamento social o prejuízo para dar conta de trabalhar em casos graves, pensamentos suicidas podem ocorrer. Apesar desses desafios, muitas pessoas com TAB levam vidas produtivas e satisfatórias com o tratamento adequado.

Como é o tratamento?

R: O tratamento do TAB é multidisciplinar e personalizado. Geralmente inclui o uso de medicamentos pensados para cada pessoa, juntamente com terapias psicológicas. O tratamento busca tirar a pessoa da fase depressiva ou de mania em que se encontra e depois, fornecer estratégias para gerenciar o humor e prevenir recaídas. A participação ativa do paciente no tratamento e o apoio da família são essenciais para o sucesso terapêutico.

Como conviver com o TAB?

R: Conviver com o TAB requer compreensão, estratégias de autoajuda e apoio. É fundamental seguir o plano de tratamento, estar atento a sinais que possam ser um anúncio de uma mudança de humor não desejada e ter uma rede de apoio confiável. A educação sobre a doença é vital tanto para o paciente quanto para a família e amigos, para promover um ambiente de compreensão e suporte. Além disso, práticas como a manutenção de um estilo de vida saudável, podem ser benéficas.

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