A juíza responsável pela gestão da Penitenciária 2 de Tremembé trouxe ao MODO VALE, com exclusividade, um documento oficial que contradiz a versão apresentada pelo autor de uma série que cita visitas realizadas à unidade prisional. O material, uma comunicação interna da Vara das Execuções Criminais de Taubaté, desmente diversos episódios retratados na produção audiovisual como se fossem fatos.
O documento, enviado pelo chefe de departamento André Luiz Bolognin ao Tribunal de Justiça de São Paulo, confirma que o jornalista Ulisses Campbell esteve na P2 apenas uma vez, em 13 de março de 2025, entre 9h15 e 9h52, acompanhado pela Assessoria de Imprensa da SAP e pela direção da unidade.
A juíza esclarece que, durante essa visita, o jornalista não teve contato com presos, não entrou em pavilhões e acessou somente áreas externas e administrativas, como o templo ecumênico. Segundo ela, essa limitação torna inviáveis diversos relatos apresentados pelo autor da série como se tivesse circulado livremente pela prisão ou presenciado situações internas.
A magistrada afirma que a divulgação do documento é importante para corrigir informações distorcidas e evitar que o público tome como verdade cenas que não correspondem ao que de fato ocorreu durante a visita autorizada.
O caso reacende o debate sobre a responsabilidade na retratação de instituições públicas e sobre o uso de supostos fatos em obras de entretenimento.

