Israel anuncia o início do cessar-fogo em Gaza e retirada parcial do território
Ao anunciar a aprovação do cessar-fogo, Netanyahu agradeceu a Trump, ao enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e ao genro de Trump, Jared Kushner, pela participação nas negociações com o Hamas
O cessar-fogo em Gaza, anunciado pelo governo de Israel, entrou em vigor nesta sexta-feira (10), afirmam as Forças de Defesa de Israel (FDI). A ajuda humanitária deve ser permitida em Gaza, sem restrições.
Além disso, dentro de 72 horas após a retirada, todos os reféns israelenses restantes e cerca de 1,7 mil prisioneiros palestinos serão libertados. O Hamas tem até às 12h, hora local (6h em Brasília), de segunda-feira, dia 13, para cumprir o acordo.
Em comunicado divulgado no Telegram, as FDI afirmaram que as tropas começaram a se posicionar ao longo das linhas de implantação atualizadas” a partir das 12h, horário local (6h, horário do Brasil) nesta sexta.
Enquanto isso, os EUA enviaram 200 soldados para Israel para ajudar a coordenar a operação, mas eles não entrarão em Gaza. Organizações humanitárias também delinearam planos para ajudar.
Imagens de Gaza desta sexta-feira (10) mostram centenas de pessoas caminhando ao longo de uma estrada costeira, na tentativa de chegar ao norte da Faixa.
Tanto israelenses quanto habitantes de Gaza foram vistos comemorando a perspectiva de um acordo. Mesmo assim continuam a existir pontos de discordância no que diz respeito ao longo prazo.
O Hamas, por exemplo, já havia se recusado a depor as armas, afirmando que só o faria quando um Estado Palestino fosse estabelecido.
O grupo também não mencionou o desarmamento em sua resposta inicial ao plano no último fim de semana, alimentando especulações de que sua posição não mudou.
O Hamas também afirmou esperar ter algum papel no futuro de Gaza como parte de “um movimento palestino unificado”.
Por outro lado, Netanyahu pareceu rejeitar o envolvimento da Autoridade Palestina na Faixa de Gaza do pós-guerra.
Atualmente, a Autoridade Palestina controla parcialmente a Cisjordânia ocupada por Israel. A Cisjordânia é considerada pela comunidade internacional como território palestino.
A Autoridade Palestina está se preparando para ter um papel na governança pós-guerra de Gaza. Outra dúvida é quando Israel se retiraria totalmente de Gaza.
Israel afirma que manterá o controle de cerca de 53% de Gaza em uma primeira fase. O plano da Casa Branca indica novas diminuições para cerca de 40% e em seguida 15%.
Essa etapa final seria um “perímetro de segurança” que “permaneceria até que Gaza estivesse devidamente protegida de qualquer ameaça terrorista ressurgente”.
Mas a formulação é vaga e não dá um cronograma claro para a retirada total de Israel — algo que o Hamas provavelmente gostaria de esclarecer.
Foto de capa: Reprodução/X
Fique por dentro de todas as notícias em tempo real, entre no nosso grupo de WhatsApp! (Clique Aqui!)
Deixe um comentário