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Inpe: novo supercomputador 6x mais rápido mudará a previsão de chuvas e desastres no Brasil

A máquina ainda não tem um nome, mas ele será escolhido em votação popular em um campanha no site do Inpe

Por Portal Aqui Vale

O Brasil tem, agora, um novo supercomputador responsável por gerar os alertas meteorológicos do país. A promessa é de um nível de precisão inédito: será possível saber, por exemplo, em quais regiões de um bairro vai chover e em que momento.

A previsão é feita com base em um volume imenso de dados, que vêm não só de satélites, mas também de aviões comerciais, navios, balões de monitoramento e estações espalhadas pelo planeta. Todas essas informações são processadas por uma máquina que faz mais de trilhões de cálculos por segundo — algo impossível de ser feito por equipamentos comuns.

Até agora, o Brasil operava com o Tupã, em funcionamento desde 2010. Ele já deveria ter sido aposentado, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo sistema, vinha alertando desde 2021 para o risco de um apagão meteorológico por falta de investimento.

Esse novo equipamento foi adquirido em 2024, com um investimento de R$ 200 milhões, e está em fase de testes no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), em Cachoeira Paulista. Com ele, o Brasil passa a contar com:

  • Processamento 6 vezes mais rápido de dados meteorológicos e climáticos;
  • Previsões geradas em minutos — antes, levavam até 3 horas;
  • Capacidade de armazenamento 24 vezes maior, permitindo modelos mais detalhados;
  • Precisão para indicar a hora e o minuto em que eventos devem ocorrer.

Como o supercomputador funciona

O novo supercomputador do Brasil está instalado no interior de São Paulo e será o coração da previsão meteorológica no país. Mesmo em fase de testes, já funciona sem parar: 24 horas por dia, 7 dias por semana, recebendo informações e realizando mais de trilhões de cálculos por segundo.

A base da previsão do tempo é entender o que está acontecendo agora pela sua janela: há nuvens? Tem sol? Está garoando? Está ventando? Quanto vento? Essas respostas chegam de dezenas de fontes espalhadas de Norte a Sul do país, com dados enviados por satélites, aviões comerciais, navios e estações meteorológicas.

Todo esse volume de informação chega ao supercomputador, que armazena os registros e os processa em modelos matemáticos. A partir disso, é possível projetar o que deve acontecer nas próximas horas, dias, semanas e até meses.

A previsão não serve apenas para saber se vai chover ou fazer sol. Ela ajuda a identificar se há risco para a população, se uma plantação precisa de proteção, se os reservatórios exigem mais gestão ou se é preciso se preparar para uma seca severa.

Para funcionar, o equipamento exige uma infraestrutura robusta. Ele está instalado dentro de um dos maiores datacenters do país e tem alto consumo de água e energia. O custo anual só para mantê-lo ligado é de R$ 6 milhões ao ano.

Atualmente, o Tupã ainda está funcionando, enquanto a nova máquina passa por uma fase de teste e transição dos sistemas para começar a operar. A data prevista para entrar em operação é a primeira semana de dezembro deste ano.

Foto: Divulgação

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