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IA se torna aliada na preparação para o Enem 2025

Especialista em Inteligência Artificial aplicada à Educação explica como tecnologias ajudam na revisão, organização da rotina e simulação de provas

Por Portal Aqui Vale
Foto: Reprodução

A Inteligência Artificial (IA) ganha espaço na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que em 2025 já registra 4,8 milhões de inscrições confirmadas. O número representa um aumento de 38% em relação a 2022 e de 11,22% frente a 2024.

Diante da concorrência, estudantes buscam formas de estudo mais eficientes e personalizadas. Ferramentas de IA permitem organizar conteúdos, criar resumos direcionados e oferecer simulados adaptativos, ajustando a dificuldade conforme o desempenho.

“O estudante que consegue ser mais eficiente e produtivo nos estudos ganha vantagem competitiva. Não basta apenas estudar muito, é preciso estudar melhor. É justamente aí que a IA entra como aliada”, afirma Rafael Irio, especialista em Inteligência Artificial aplicada à Educação.

Entre as ferramentas mais usadas estão ChatGPT (modo estudos), Google NotebookLM, Gemini e Khan Academy com Khanmigo. Elas ajudam desde a organização de anotações até a análise de desempenho e criação de mapas mentais.

“Plataformas como ChatGPT e Gemini analisam erros recorrentes em simulados e sugerem resumos só dos pontos de maior dificuldade. Assim, o estudo deixa de ser genérico e se torna estratégico”, acrescenta Irio.

Na preparação para a redação, a IA atua como revisora, sugerindo ajustes de clareza, coesão e argumentação, além de ajudar no brainstorm de ideias. O especialista reforça que o aprendizado depende da participação ativa do estudante.

Outro destaque são os simulados adaptativos, que acompanham o raciocínio do aluno. “Se o estudante acerta questões simples, o sistema propõe desafios mais complexos. Se erra, sugere revisões ou explicações adicionais”, explica Irio.

A gestão do tempo também ganha suporte digital. Ferramentas como Notion AI, Trello com automações e Google Calendar integrado ao Gemini criam cronogramas personalizados, incluindo pausas estratégicas e revisões programadas.

Aplicativos como Otter.ai e Fireflies.ai gravam aulas ou reuniões de estudo, geram resumos e mantêm o planejamento atualizado. Segundo Irio, o diferencial é a personalização do aprendizado, que torna o estudo mais eficiente.

“Técnicas de neurociência, como revisão espaçada e repetição ativa, podem ser potencializadas por algoritmos que ajustam intervalos de revisão e transformam resumos em perguntas interativas”, acrescenta o especialista.

Irio alerta para o uso consciente: “Estudantes que usam a IA apenas para copiar respostas comprometem o raciocínio próprio. Quem escreve e revisa retém mais conhecimento do que quem só copia resultados.”

Com 272 milhões de smartphones ativos no país e 460 milhões de dispositivos no total, o desafio não é acesso, mas o uso qualificado. “Versões gratuitas de ferramentas como ChatGPT, Gemini e Copilot já oferecem recursos robustos”, afirma Irio.

Ele prevê mudanças nos exames nacionais: “A memorização perde espaço para competências como comunicação, pensamento crítico e colaboração. O diferencial está em aplicar conhecimento em contextos reais.”

Para o especialista, a tecnologia é uma ferramenta, mas o fator humano continua essencial. “A IA organiza informações, mas não substitui a empatia, a criatividade e o olhar atento de um professor. É no encontro entre pessoas que o aprendizado ganha sentido”, conclui.

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