Hedy Lamarr: a beleza que inspirou Branca de Neve e a genialidade por trás do Wi-Fi

Hedy Lamarr, frequentemente lembrada como uma das estrelas mais deslumbrantes de Hollywood nos anos 1930 e 1940, foi muito mais do que um rosto bonito. Seu legado vai além das telas: ela foi uma inventora cuja inteligência ajudou a moldar a tecnologia moderna. Curiosamente, sua aparência também teria influenciado a criação da personagem Branca de Neve no clássico animado da Disney de 1937, mostrando como seu impacto transcendeu campos artísticos e científicos.

A Branca de Neve da Disney foi a primeira longa-metragem animada em cores da história do cinema. Para criar a aparência da personagem, os animadores buscaram referências em atrizes icônicas da época. Hedy Lamarr, com sua pele clara, olhos expressivos e traços delicados, é apontada como uma das fontes de inspiração. Essa associação reflete o poder de sua imagem como símbolo de elegância e feminilidade, que marcou gerações.

Apesar de ser reverenciada por sua beleza, Hedy Lamarr também deixou uma marca incomparável na ciência. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela, ao lado do compositor George Antheil, desenvolveu um sistema de comunicação por salto de frequência. A ideia era criar uma tecnologia que tornasse os sinais de rádio resistentes a interferências e mais seguros, visando proteger torpedos contra a interceptação inimiga.

Essa invenção não foi amplamente reconhecida em sua época, mas décadas depois, ela se tornou a base para tecnologias modernas como Wi-Fi, Bluetooth e GPS. Em 1997, Hedy foi reconhecida pelo Electronic Frontier Foundation, recebendo o prêmio Pioneer, que celebrava sua contribuição visionária.
A história de Hedy Lamarr é uma prova de que os estereótipos de gênero e beleza podem ser desafiados. Enquanto Hollywood a via como uma estrela glamourosa, ela trabalhava em prol de inovações que mudariam o mundo. Hoje, seu nome é celebrado não apenas no cinema, mas também na ciência e tecnologia.

Hedy Lamarr morreu em 19 de janeiro de 2000, aos 85 anos, em Altamonte Springs, na Flórida, Estados Unidos. Ela faleceu em decorrência de insuficiência cardíaca.
Apesar de ter vivido reclusa em seus últimos anos, seu legado como atriz e inventora continua a ser celebrado, destacando sua contribuição tanto para o cinema quanto para a ciência e tecnologia.

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