Greve dos caminhoneiros ganha força na internet, mas diverge entre lideranças
Um dos sindicatos que representa a categoria afirma que não apoiará e não irá aderir a mobilização

A paralisação está marcada para quarta-feira (04), ganhou força nas redes sociais. Porém, há divergências entre as principais lideranças do setor sobre a efetivação do movimento.
A convocação foi oficializada em vídeo nas redes sociais por Chicão Caminhoneiro, da União Brasileira dos Caminhoneiros, ao lado do desembargador Sebastião Coelho, que prometeu suporte jurídico à ação. Eles afirmaram protocolar uma ação para legalizar a paralisação, garantindo que o movimento esteja dentro da legalidade e protegido de possíveis retaliações.
A paralisação dos caminhoneiros não gira em torno de temas políticos, segundo os organizadores. O objetivo é chamar atenção para problemas estruturais que afetam diretamente os profissionais do setor, como:
-Estabilidade contratual para caminhoneiros autônomos;
-Cumprimento efetivo da legislação vigente que rege o transporte de cargas;
-Reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas;
-Aposentadoria especial após 25 anos de contribuição, desde que comprovados por documentos fiscais ou registros formais.
Divergências
Entidades regionais reforçam que há adesão à mobilização, mas o movimento ainda não é unânime. O presidente da Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC), Janderson Maçaneiro, conhecido como “Patrola”, acredita que o movimento “tem força porque há muito descontentamento” entre os trabalhadores.
Por outro lado, de acordo com nota oficial do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (SINDICAM), uma das entidades com maior representação na categoria, o sindicato não apoia e não vai aderir à mobilização porque, segundo a nota, a ação “não se apresenta como uma pauta exclusiva do caminhoneiro, e sim política”.

Já a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (FETRABENS) informa que, até o presente momento, não participa, não convoca e não tem qualquer deliberação institucional envolvendo paralisação, greve geral ou mobilização relacionada à situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro. A nota oficial está publicada nas redes sociais da federação.
O Portal Aqui Vale conversou com alguns profissionais que também afirmaram que a grave não deve ser efetivada.
“Dessa vez ninguém falou nada. Está todo mundo quieto. Na outra greve, tudo foi planejado antes. Esse pessoal que protocolou a greve agora, todo mundo fala que eles nunca representaram os caminheiros de fato”, disse o caminhoneiro A. S. D. S. ao AQUI VALE.
Foto: Reprodução
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