Governo Lula tenta barrar “tarifaço” de Trump sobre Embraer e alimentos brasileiros
As tratativas são lideradas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin
Com a aproximação da data prevista para a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, o governo do presidente Lula intensificou os esforços diplomáticos para tentar excluir setores estratégicos da medida anunciada por Donald Trump. Entre os itens que o Brasil tenta salvar do “tarifaço” estão aeronaves da Embraer e produtos alimentícios, como suco de laranja e café, dois dos principais itens exportados pelo país para o mercado norte-americano.
As tratativas são lideradas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que mantém contato direto com o secretário de Comércio dos EUA. O governo brasileiro argumenta que a sobretaxa afeta negativamente setores que têm forte integração com o mercado norte-americano. Já Embraer, por exemplo, depende de insumos e tecnologia dos EUA para a produção de suas aeronaves, o que reforça o apelo para que a empresa seja excluída da medida.
Além da indústria aeronáutica, o setor de alimentos também está no centro das preocupações. O Brasil é líder global na exportação de suco de laranja, sendo os Estados Unidos um dos principais destinos. No caso do café, entre janeiro e maio deste ano, os norte-americanos compraram quase 3 milhões de sacas do Brasil, o equivalente a mais de 17% de todas as exportações do setor no período.
Até o momento não houve sinal claro de que o governo norte-americano vá ceder às solicitações. A medida deve entrar em vigor em 1º de agosto, e o próprio secretário de Comércio americano já indicou que o cronograma deve ser mantido.
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