O Ministério da Saúde se posicionou nesta terça-feira (23) para negar qualquer relação entre o uso de paracetamol durante a gestação e o desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A manifestação ocorreu após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu existir um risco no consumo do medicamento por gestantes.
Em discurso, Trump afirmou que a agência reguladora norte-americana, a FDA, notificaria médicos sobre supostos efeitos adversos do fármaco. A fala repercutiu internacionalmente e gerou preocupação entre parte da população, mas foi contestada por autoridades de saúde brasileiras.
O governo brasileiro publicou em suas redes oficiais que não existe relação comprovada entre o uso de paracetamol e o autismo, reforçando que o medicamento é seguro, eficaz e amplamente estudado. A pasta destacou que o remédio tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), integra a lista de baixo risco e pode ser adquirido sem receita médica, conforme estabelece a Instrução Normativa 265/2023.
A nota também alertou para os riscos da desinformação em saúde, lembrando que o autismo é um transtorno complexo, influenciado por múltiplos fatores genéticos e ambientais, não podendo ser atribuído ao uso pontual de um único medicamento. O Ministério ainda orientou que gestantes sigam sempre as recomendações médicas, sem se deixarem levar por especulações que possam gerar medo desnecessário.

